
Em todo o mundo, estima-se que mais de 55 milhões de pessoas vivam com alguma forma de demência, sendo o Alzheimer a mais comum. A doença neurodegenerativa é caracterizada pela perda gradual de funções cognitivas, como memória, linguagem e raciocínio.
Apesar de todos os avanços da medicina, diagnosticar esta condição de forma precoce ainda é um grande desafio. Mas as conclusões de um estudo divulgado nesta semana pela Harvard Medical School podem fornecer informações fundamentais para mudar este cenário.
Lítio também pode ter impacto no desenvolvimento da doença
- Os cérebros de pessoas com Alzheimer apresentam altos níveis de beta amilóide e tau mal dobrados.
- Estas duas proteínas acabam se acumulando em placas e dentro dos neurônios, respectivamente.
- Acredita-se que isso acabe prejudicando a função neuronal e leve à degeneração do cérebro.
- Mas essas não são as únicas mudanças observadas no cérebro de quem tem a doença.
- No novo estudo, publicado na revista Nature, os cientistas encontraram evidências de que a deficiência de lítio pode ajudar a explicar os danos causados pelo Alzheimer.
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Redução dos níveis do metal pode ser prejudicial ao nosso organismo
A equipe responsável pela pesquisa coletou amostras de tecido post-mortem e comparou os níveis de cerca de 30 metais no cérebro de pessoas que morreram em vários estágios de saúde cognitiva. A única grande diferença encontrada foi na quantidade de lítio presente.
Os cientistas explicam que pessoas com cérebros cognitivamente saudáveis apresentam níveis relativamente altos do metal, enquanto aquelas com a doença neurodegenerativa tinham níveis muito mais baixos. O mesmo resultado foi encontrado em análises feitas em camundongos.

Embora outros estudos já tenham sugerido uma possível conexão entre o mineral usado na fabricação de baterias de carros elétricos e a doença, este é o primeiro estudo a investigar a relação mais a fundo. Os pesquisadores ressaltam que a presença do metal no nosso organismo é algo natural e faz bem à saúde. É justamente a falta dele que pode levar ao Alzheimer.
Apesar de serem necessários mais trabalhos para entender melhor sobre o impacto do lítio no desenvolvimento da condição neurodegenerativa, o estudo abre uma série de novas possibilidades para combater a doença. Uma das ideias que deve ser testada agora é como suplementar o lítio do nosso organismo para tentar evitar a progressão do Alzheimer.
O post Metal usado em baterias de carros elétricos tem ligação com Alzheimer, diz estudo apareceu primeiro em Olhar Digital.
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