8 de agosto de 2025
Metal usado em baterias de carros elétricos tem ligação com
Compartilhe:

Em todo o mundo, estima-se que mais de 55 milhões de pessoas vivam com alguma forma de demência, sendo o Alzheimer a mais comum. A doença neurodegenerativa é caracterizada pela perda gradual de funções cognitivas, como memória, linguagem e raciocínio.

Apesar de todos os avanços da medicina, diagnosticar esta condição de forma precoce ainda é um grande desafio. Mas as conclusões de um estudo divulgado nesta semana pela Harvard Medical School podem fornecer informações fundamentais para mudar este cenário.

Estudo analisou cérebros de pacientes diagnosticados com a doença (Imagem: Edit 4 Me/Shutterstock)

Lítio também pode ter impacto no desenvolvimento da doença

  • Os cérebros de pessoas com Alzheimer apresentam altos níveis de beta amilóide e tau mal dobrados.
  • Estas duas proteínas acabam se acumulando em placas e dentro dos neurônios, respectivamente. 
  • Acredita-se que isso acabe prejudicando a função neuronal e leve à degeneração do cérebro. 
  • Mas essas não são as únicas mudanças observadas no cérebro de quem tem a doença.
  • No novo estudo, publicado na revista Nature, os cientistas encontraram evidências de que a deficiência de lítio pode ajudar a explicar os danos causados pelo Alzheimer.

Leia mais

  • Ervas como alecrim e sálvia realmente combatem o Alzheimer?
  • Estudo identifica 4 padrões de saúde que podem prever o Alzheimer
  • IA pode antecipar causas do Alzheimer e Parkinson, revela pesquisa
Descoberta pode abrir caminhos para novos tratamentos contra a doença (Imagem: Lightspring/Shutterstock)

Redução dos níveis do metal pode ser prejudicial ao nosso organismo

A equipe responsável pela pesquisa coletou amostras de tecido post-mortem e comparou os níveis de cerca de 30 metais no cérebro de pessoas que morreram em vários estágios de saúde cognitiva. A única grande diferença encontrada foi na quantidade de lítio presente.

Os cientistas explicam que pessoas com cérebros cognitivamente saudáveis apresentam níveis relativamente altos do metal, enquanto aquelas com a doença neurodegenerativa tinham níveis muito mais baixos. O mesmo resultado foi encontrado em análises feitas em camundongos.

Em um cérebro saudável, o lítio mantém as conexões e linhas de comunicação que permitem que os neurônios conversem entre si (Imagem: Steve Morfi/Shutterstock)

Embora outros estudos já tenham sugerido uma possível conexão entre o mineral usado na fabricação de baterias de carros elétricos e a doença, este é o primeiro estudo a investigar a relação mais a fundo. Os pesquisadores ressaltam que a presença do metal no nosso organismo é algo natural e faz bem à saúde. É justamente a falta dele que pode levar ao Alzheimer.

Apesar de serem necessários mais trabalhos para entender melhor sobre o impacto do lítio no desenvolvimento da condição neurodegenerativa, o estudo abre uma série de novas possibilidades para combater a doença. Uma das ideias que deve ser testada agora é como suplementar o lítio do nosso organismo para tentar evitar a progressão do Alzheimer.

O post Metal usado em baterias de carros elétricos tem ligação com Alzheimer, diz estudo apareceu primeiro em Olhar Digital.

Fonte: https://olhardigital.com.br/2025/08/08/medicina-e-saude/metal-usado-em-baterias-de-carros-eletricos-tem-ligacao-com-alzheimer-diz-estudo/