Conforme noticiado pelo Olhar Digital, observatórios do Rio Grande do Sul registraram meteoros do tipo bola de fogo nos céus de alguns municípios na noite de segunda (3) e madrugada de terça-feira (4). Os eventos foram tão intensos que nem a Lua quase cheia foi capaz de ofuscar.
No entanto, nenhum deles supera o brilho de um bólido que passou sobre Patos de Minas, em Minas Gerais, por volta de 0h15. De acordo com Ivan Soares, operador do Observatório IDS Meteor, foram gravadas imagens pelas câmeras no sentido leste e oeste da cidade, e ambas mostram o brilho verde da explosão do meteoro.
Ainda segundo Soares, também há relatos de que moradores de Rio Paranaíba viram o clarão no céu por volta da meia-noite.
Chuva de meteoros Táuridas do Sul tem “enxame” previsto para este mês
Os fenômenos registrados tanto no RS quanto em MG podem estar relacionados à chuva de meteoros Táuridas do Sul, que está no pico de atividade.
Essa chuva é composta por partículas deixadas pelo cometa 2P/Encke – o segundo cometa periódico identificado na história. As Táuridas são conhecidas por ter longa duração e baixa taxa de meteoros por hora. Em compensação, seus fragmentos são maiores e costumam gerar bolas de fogo brilhantes e coloridas.
No calendário oficial das chuvas de meteoros de 2025, a Organização Internacional de Meteoros (IMO) prevê um “enxame Taurídeo” para este mês, com o número de rastros luminosos e bolas de fogo crescendo de forma expressiva. A expectativa é que essa fase de maior atividade dure cerca de uma semana, com o auge justamente no dia 3, conforme destaca a plataforma Starwalk Space.
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O que é um bólido?
Quando pequenas rochas espaciais, chamadas meteoroides, entram na atmosfera terrestre a altíssimas velocidades, mesmo fragmentos minúsculos aquecem o ar e produzem um intenso clarão, que os astrônomos chamam de meteoro (popularmente conhecidos como “estrelas cadentes”).
Esses eventos são apenas luminosos – não são objetos físicos. “Meteoro não é sólido, não é líquido nem gasoso, é apenas luz”, explica Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon) e colunista do Olhar Digital.

De acordo com a Sociedade Americana de Meteoros (AMS), quando o brilho de um meteoro é igual ou superior ao de Vênus (magnitude -4), ele é classificado como “bola de fogo”. Se for ainda mais intenso, com explosão e possível estrondo audível, é chamado de “bólido”.
E não há motivo para preocupação, pois esses fenômenos são inofensivos. Quase sempre o meteoroide se desintegra completamente antes de chegar ao solo. Em raros casos, pequenos fragmentos (os chamados meteoritos) atingem a superfície.
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