23 de novembro de 2024
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Um grupo de cientistas publicou um novo estudo reunindo tudo o que se sabe sobre os impactos causados pelos microplásticos no meio ambiente. De acordo com a equipe, as conclusões reforçam a necessidade de adoção de medidas globais para reduzir a quantidade de plásticos produzidos no planeta.

Quantidade de plástico nos oceanos aumentou 50% nos últimos 20 anos

Durante o trabalho, os pesquisadores analisaram os fragmentos de microplásticos encontrados nos oceanos. Segundo eles, há evidências claras de efeitos nocivos em escala global.

Isso inclui danos físicos à vida selvagem, danos a sociedades e culturas e uma crescente base de evidências de danos aos seres humanos. Soma-se a isso o fato de que os microplásticos são contaminantes persistentes e, uma vez no meio ambiente, são praticamente impossíveis de remover.

Presença de microplásticos nos oceanos aumentou consideravelmente (Imagem: xalien/Shutterstock)

Os cientistas afirmaram que a quantidade de plástico em nossos oceanos aumentou cerca de 50% nos últimos 20 anos. Estes produtos foram encontrados em todos os cantos do planeta, em mais de 1.300 espécies aquáticas e terrestres, nos alimentos e bebidas que consumimos e em vários tecidos e órgãos do corpo humano.

Com as emissões de microplásticos para o meio ambiente estimadas em até 40 megatoneladas por ano, um número que pode dobrar até 2040, as previsões indicam o potencial de danos ambientais em larga escala no próximo século. As conclusões foram apresentadas em estudo publicado na revista Science.

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Microplásticos já foram encontrados em diversos órgãos humanos (Imagem: Deemerwha studio/Shutterstock)

Riscos dos microplásticos

  • Os microplásticos são pequenas partículas sólidas de materiais baseados em polímero com menos de cinco milímetros de diâmetro.
  • Além de levar milhares, ou até milhões de anos para se decompor, elas estão espalhadas por todo o planeta, inclusive na própria água potável.
  • Essas substâncias podem ser divididas em duas categorias: primárias e secundárias.
  • Os primários são projetados para uso comercial: são produtos como cosméticos, microfibras de tecidos e redes de pesca.
  • Já os secundários resultam da quebra de itens plásticos maiores, como canudos e garrafas de água.
  • Este tipo de material já foi detectado em diversos órgãos humanos, sendo encontrados no sangue, cérebro, coração, pulmões, fezes e até mesmo em placentas.
  • Embora os impactos à saúde humana ainda não sejam totalmente conhecidos, experimentos indicam que as substâncias podem ser consideradas um fator ambiental para a progressão de doenças, como o Parkinson.
  • Recentemente, estudos sugeriram que a exposição aos microplástiscos pode, inclusive, afetar a produção de espermatozoides nos testículos, contribuindo para o declínio da fertilidade.

O post Microplásticos podem gerar danos ambientais irreversíveis, alerta estudo apareceu primeiro em Olhar Digital.

Fonte: https://olhardigital.com.br/2024/09/24/medicina-e-saude/microplasticos-podem-gerar-danos-ambientais-irreversiveis-alerta-estudo/