
É muito provável que você, e boa parte das pessoas que acessam o Olhar Digital, só tenham visto um disquete em filmes ou imagens na internet, mas eles foram muito utilizados para armazenamento de dados até os anos 1990.
De acordo com o Google, os primeiros modelos de disquete foram lançados no final da década de 1960, mas só foram disponibilizados no mercado em 1971 pela IBM. Ele é uma unidade de armazenamento de dados composto por um disco magnético fino e flexível e protegido por uma embalagem plástica.
As primeiras versões conseguem guardar a impressionante marca de 80 kb, mas com o tempo, foram se desenvolvendo até o formato de 3,5 polegadas armazenar até 1,44 Mb e se popularizar. Com o avanço da tecnologia, o disquete foi sendo substituído por mídias com maior capacidade de armazenamento, como pen drives, CDs, DVDs e HDs externos.
Mas por que alguém tentaria criar uma unidade de disquete atualmente?

A resposta parece simples: construir algo para provar que isso é possível. Por isso, o youtuber Polymatt mostrou que basta um pouco de vontade para recriar algo que, teoricamente, já foi decretado morto em quase todo o planeta.
Polymatt, além do disquete, também precisou criar um gabinete para o disco e outras peças para seu funcionamento. Para isso, usou os sistemas Shapr3D e MakeraCAM para gerar as modelos. Depois cortou as peças em alumínio em uma máquina CNC Carvera Air.
Já o disquete foi criado usando um laser para cortar um pedaço de filme PET, que depois foi revestido com uma suspensão de pó de óxido de ferro. Com todas as peças montadas, o youtuber conseguiu magnetizar o disco e utilizá-lo para armazenamento, mesmo que de forma extremamente simples.
Será que ainda precisamos de disquetes?
O último disquete foi produzido pela Sony em 2011, mas isso não significa que morreu neste ano. Apesar de obsoletos para a maioria dos usuários, os disquetes ainda são utilizados por diversas instituições que ainda contam com equipamentos antigos em funcionamento.

- Alguns Boeing 747 ainda em funcionamento realizam atualizações de navegação por meio de disquetes, afirma a matéria da BBC. Mas não são apenas esses velhos aviões que ainda precisam do disco para algumas funções:
- O governo japonês promulgou uma norma para que todos os sistemas utilizados pelos órgãos governamentais trocassem o disquete por tecnologias mais novas. Mas isso ocorreu apenas em 2024.
- A marinha alemã também abandonou os disquetes em 2024.
- O governo dos Estados Unidos ainda utilizavam disquetes de 8 polegadas para gerenciar o lançamento de mísseis nucleares em 2019.
- O metrô de São Francisco ainda utiliza disquetes para que o Sistema de Controle de Trens (ATCS) funcione, mas está buscando atualizar seus sistemas.
Lojas on-line ainda vendem disquetes
Exatamente para suprir a necessidade de empresas e instituições, ainda existe um mercado voltado para a venda desses disquinhos. A Floppydisk.com, da Califórnia, vende discos “novos” e reciclados a parte de US$ 0,60, cerca de R$ 2,60 a unidade.
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E, segundo a BBC, a loja tem clientes em diversos países, com cerca de metade deles sendo empresas que ainda precisam dos disquetes para alguma máquina funcionar corretamente. Existem, também, comunidades de jogos antigos que fazem muito sucesso entre usuários saudosistas, inclusive com pessoas criando jogos e lançando-os em disquetes.
O post O desafio de fabricar um disquete do nada – e fazê-lo funcionar apareceu primeiro em Olhar Digital.
Fonte: https://olhardigital.com.br/2025/08/13/olha-isso/o-desafio-de-fabricar-um-disquete-do-nada-e-faze-lo-funcionar/