24 de novembro de 2024
A cultura corporativa precisa estar preparada para a automação 
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Historicamente, a gestão de crises dependia de processos manuais, comunicação hierárquica e decisões centralizadas. Contudo, essas abordagens tradicionais frequentemente falham diante da velocidade e complexidade das crises modernas. A IA e a automação de processos reconfiguram essa dinâmica, permitindo que as organizações ajam de maneira proativa, antecipando problemas antes que se tornem incontroláveis.

Inclusive, os eventos recentes — desde pandemias globais até ciberataques devastadores — deixaram claro que as empresas precisam estar mais preparadas do que nunca para enfrentar o inesperado. Segundo um estudo da PwC, 62% dos executivos acreditam que suas organizações não estão preparadas para enfrentar crises. 

Durante a pandemia, por exemplo, empresas que possuíam um plano de gestão de crises estruturado conseguiram diminuir as perdas financeiras em até 30%. Enquanto isso, aquelas que não se prepararam enfrentaram uma queda de até 60% em suas receitas. Ainda, o  relatório da Gartner mostra que 70% das organizações que adotam IA para a gestão de crises conseguem mitigar riscos mais rapidamente.  

IA já provou ser uma aliada na definição de estratégias e gestão de crises (Imagem: Gorodenkoff/Shutterstock)

Em um contexto de cibersegurança, por exemplo, a detecção de anomalias em redes e sistemas pode ser automatizada, identificando ameaças em tempo real e permitindo uma resposta imediata. Ferramentas de IA não apenas monitoram e analisam padrões de comportamento anômalos, mas também recomendam ações corretivas, reduzindo o tempo de resposta e mitigando danos potenciais. Isso contrasta fortemente com os métodos tradicionais, que muitas vezes envolvem intervenções humanas tardias e reativas. 

A Inteligência Artificial também desempenha um papel essencial na coleta e análise de dados em tempo real durante uma crise. Plataformas de IA podem consolidar informações de múltiplas fontes — redes sociais, relatórios de incidentes, sensores IoT, entre outros — para fornecer uma visão abrangente e atualizada da situação. Essa visão holística permite aos gestores tomar decisões informadas, baseadas em dados, em vez de se apoiarem em intuições ou suposições. 

Considere um cenário de crise de reputação: uma análise em tempo real dos sentimentos expressos nas redes sociais pode orientar a empresa na escolha das melhores estratégias de comunicação, ajustando a mensagem em tempo real para evitar a amplificação de danos. A capacidade de ajustar o curso das ações instantaneamente, com base em dados, redefine a eficácia da gestão de crises. 

Mão quase tocando linhas coloridas de código em formato que ilustra conceito de inteligência artificial
Além de identificação de ameaças, IA pode ajudar na comunicação com clientes e análise de dados (Imagem: NicoElNino/Shutterstock)

Automação de processos e a resiliência organizacional 

Além da análise de dados, a automação de processos permite que tarefas operacionais sejam executadas de forma rápida e precisa, liberando recursos humanos para se concentrarem em decisões estratégicas. Isso é particularmente útil em crises logísticas, onde a automação pode otimizar rotas de entrega, gerenciar estoques em tempo real e ajustar a produção com base na demanda imediata. 

A integração de chatbots de IA, por exemplo, automatiza a comunicação com clientes e stakeholders durante crises, oferecendo atualizações rápidas e consistentes. Essa capacidade de manter um fluxo de comunicação eficiente reduz a ansiedade dos clientes e preserva a confiança, um ativo essencial em momentos críticos. 

Leia mais:

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  • Quais setores já estão se beneficiando da automação de processos?
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A era digital impôs uma nova realidade para as empresas: crises são inevitáveis, mas a forma de enfrentá-las está em constante evolução. IA e automação de processos não são apenas ferramentas de resposta; são pilares de uma nova cultura organizacional baseada na resiliência, agilidade e inovação. Ao adotar essas tecnologias, as empresas não apenas se preparam para o imprevisível, mas também constroem um futuro onde cada crise se torna uma oportunidade de aprendizado e melhoria contínua. 

Um estudo da McKinsey & Company revela que 70% das empresas que adotaram soluções tecnológicas de gestão de riscos melhoraram sua capacidade de identificação de ameaças, resultando em uma economia média de 30% nos custos relacionados a incidentes. 

O fato é que o verdadeiro poder da IA na gestão de crises reside não apenas em sua capacidade de resposta rápida, mas em sua promessa de transformar a crise em uma janela de oportunidade para a reinvenção organizacional. 

O post O papel essencial da IA na gestão de crises apareceu primeiro em Olhar Digital.

Fonte: https://olhardigital.com.br/2024/09/15/colunistas/o-papel-essencial-da-ia-na-gestao-de-crises/