O Sol passa por ciclos de 11 anos de máxima e mínima atividade. Hoje, o astro do sistema solar está em um período de alta atividade. Isso significa que pode haver uma tempestade solar, uma explosão de partículas, energia e materiais jogados no sistema solar. O resultado do fenômeno consiste em uma grande perturbação no campo magnético da Terra.
A última vez que ocorreu uma super tempestade solar foi há mil anos. De acordo com reportagem da BBC, pesquisadores acreditam que esses eventos são raros, porém têm certa frequência, talvez com um intervalo de entre 400 a 2400 anos.
Por quase toda a humanidade, esses eventos tinham efeito na vida dos seres humanos apenas ao provocar auroras e luzes a serem observadas no céu. Mas a sociedade atual talvez seja a primeira a presenciar uma super tempestade solar de modo vulnerável, já que esses fenômenos também resultam em problemas na transmissão de rádio e na rede elétrica se for desligada a tempo.
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Em 1989, no Quebec, província do Canadá, uma das redes elétricas ficou fora do ar por nove horas. 6 milhões de pessoas, um quarto da população canadense, ficou sem energia elétrica. Em maio de 2024, uma tempestade solar atingiu a Terra e criou um show de auroras visíveis em latitudes incomumente baixas.
O que poderia acontecer em uma super tempestade solar?
A mais forte tempestade solar da história recente foi em 1859, o Evento de Carrington. Além de auroras nos dois hemisférios do planeta, o evento trouxe picos de energia que derrubaram linhas de telégrafos no mundo.
Hoje, os efeitos de um fenômeno como esse seriam desastrosos. Haveria problemas com o GPS, já que os satélites seriam deslocados ou sofreriam danos. Até mesmo a internet poderia falhar. Um relatório de 2013 estimou que o impacto do Evento de Carrington na economia dos Estados Unidos seria de entre US$ 0,6 trilhões a US$ 2,6 trilhões (R$ 3,28 trilhões a R$14,2 trilhões).
Uma super tempestade solar comparável com a maior que ocorreu na Terra, há 14.300 anos, porém, poderia causar danos tão abrangentes à tecnologia da qual a vida moderna depende que seria difícil de imaginar. Um fenômeno como esse pode ser dez vezes mais intenso do que o Evento de Carrington.
Em contato com partículas de tamanha energia e radiação, até os equipamentos com as melhores proteções ficariam vulneráveis. Satélites poderiam ser destruídos. Na Terra, sistemas eletrônicos poderiam se tornar inutilizáveis.
Na aviação, as explosões de partículas solares também causariam estragos na aviação. Os aviões precisariam ser desviados dos polos, onde as partículas em direção à Terra seriam direcionadas pelo campo magnético terrestre, com o intuito de evitar que passageiros fossem expostos a níveis potencialmente prejudiciais de radiação.
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