
A ex-presidente do Brasil Dilma Rousseff, que esteve no cargo entre 2011 e 2016, foi recentemente diagnosticada com neurite vestibular, também conhecida como neuronite vestibular.
A condição, que causa inflamação no nervo vestibular e afeta o equilíbrio, levou a ex-presidente à internação na China, onde atualmente preside o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), instituição financeira do grupo BRICS. Mas o que exatamente é essa inflamação e quais são seus riscos?
O que é neurite vestibular?
A neurite vestibular, ou neuronite vestibular, é uma inflamação do nervo vestibular, localizado no ouvido interno, responsável pelo equilíbrio e pela coordenação dos movimentos da cabeça. Essa inflamação pode ser causada por uma infecção viral, geralmente após um quadro de gripe ou resfriado, afetando a comunicação entre o ouvido e o cérebro. Diferente da labirintite, que pode causar perda auditiva e zumbidos, a neurite vestibular compromete exclusivamente o equilíbrio, gerando vertigem intensa.
A neuronite vestibular é frequentemente associada a infecções virais, como as causadas pelo vírus do herpes simples tipo 1 (HSV-1), além de outros vírus respiratórios e gastrointestinais. O vírus pode permanecer adormecido no organismo e ser reativado, desencadeando a inflamação do nervo vestibular. Embora seja mais comum após infecções virais, a condição pode estar ligada a processos inflamatórios autoimunes ou ser consequência de outras doenças infecciosas.
Os sintomas da neurite vestibular incluem:
- Vertigem intensa e repentina;
- Náusea e vômitos;
- Desequilíbrio e dificuldade para andar;
- Sensação de oscilação ao movimentar a cabeça;
- Falta de coordenação e insegurança ao ficar de pé.
Diferente de outras condições vestibulares, a neuronite vestibular não causa perda auditiva nem zumbidos, pois afeta apenas o nervo responsável pelo equilíbrio, sem comprometer a audição. A maioria dos casos melhora em poucas semanas, mas algumas pessoas podem sofrer com sintomas persistentes, como vertigem residual e instabilidade ao caminhar, por meses. O cérebro pode levar tempo para se adaptar ao novo equilíbrio, exigindo terapia de reabilitação vestibular para acelerar a recuperação.
Como é feito o diagnóstico da neurite vestibular?
O diagnóstico da neurite vestibular é clínico e baseado nos sintomas relatados pelo paciente. Exames como a manobra de impulso cefálico (HIT), testes de equilíbrio e a análise dos movimentos oculares ajudam a diferenciar a condição de outras doenças vestibulares. Em alguns casos, exames de imagem, como ressonância magnética, podem ser solicitados para descartar outras causas neurológicas.

A neurite vestibular não tem um tratamento específico, pois a inflamação do nervo costuma regredir naturalmente. No entanto, os sintomas podem ser controlados com:
- Medicamentos para náusea e tontura, como anti-histamínicos e sedativos vestibulares;
- Corticosteroides, para reduzir a inflamação em casos mais graves;
- Reabilitação vestibular, com exercícios para restaurar o equilíbrio.
O tempo de recuperação varia, mas a maioria dos pacientes melhora em poucas semanas, embora alguns possam apresentar sintomas residuais por meses.
Estágios da doença
A neuronite vestibular pode ser dividida em três fases principais:
- Fase aguda – vertigem intensa, náusea e incapacidade de se mover sem apoio.
- Fase subaguda – melhora progressiva dos sintomas, mas ainda com instabilidade ao caminhar.
- Recuperação – adaptação do cérebro à nova condição, com regressão da tontura e retorno à normalidade.
Não há uma forma específica de prevenção, mas reduzir o risco de infecções virais pode diminuir as chances de desenvolver a inflamação. Manter um sistema imunológico forte, evitar contato próximo com pessoas gripadas e adotar hábitos saudáveis são medidas que podem ajudar a reduzir a probabilidade da condição.
Com informações de NCBI.
Sim, a maioria dos casos melhora espontaneamente, mas a recuperação pode levar semanas ou meses.
Não, mas pode causar vertigem intensa e comprometer o equilíbrio, aumentando o risco de quedas.
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Fonte: https://olhardigital.com.br/2025/02/25/dicas-e-tutoriais/o-que-e-neurite-vestibular-doenca-que-acometeu-a-ex-presidente-dilma-rousseff/