Os microplásticos estão em todos os lugares, na terra, no mar e no ar e, até mesmo, na comida e no corpo humano e de outros animais.
Ainda não está claro a extensão das consequências para a saúde pública e o meio ambiente com a grande quantidade desses polímeros se acumulando. Porém, um estudo publicado neste ano indica que essas substâncias aumentam as chances de haver derrames, ataques cardíacos e morte.
O que são microplásticos?
Pedaços de plástico com cinco milímetros ou menos de comprimento são considerados microplásticos. O tamanho deles podem variar de o diâmetro de um grão de arroz até serem invisíveis a olho nu, sendo necessário um microscópico para observá-los.
Esses componentes podem vir de diversas fontes diferentes, como plásticos maiores que vão se dividindo em pedaços menores. Como no caso de garrafas, sacolas, embalagens de alimentos. Lavar roupas com fibras sintéticas na máquina também pode levar microplásticos para o meio ambiente.
Por outro lado, existem plásticos que já são produzidos em um tamanho bastante pequeno para que possam cumprir suas funções. Alguns podem vir de produtos de beleza e saúde, como pastas de dente, sabonetes e cosméticos esfoliantes. Por serem muito pequenas, essas partículas não conseguem ser filtradas pelos sistemas de água e acabam em oceanos e outros corpos d’água.
Como se formam?
Em 1950, a produção global de plásticos era de 1,3 milhão de toneladas. Mas, em 2018, esse número já era de 359 milhões de toneladas. A enorme quantidade de plásticos, muitas vezes descartados após um único uso, acaba no meio ambiente, onde pode se tornar um microplástico.
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Na verdade, os plásticos nunca realmente se decompõem e desaparecem, em vez disso vão se quebrando em inúmeros pequenos pedaços até chegar ao microplástico. Os plásticos convencionais são bastante resistentes, em geral, com uma longevidade que chega a centenas e, às vezes, até a milhares de anos.
De forma bastante lenta, então, há a quebra do material em uma série de processos químicos, físicos e biológicos, o que induz a mudanças nas propriedades do polímero. Isso envolve a participação de bactérias, fungos e outros microorganismos, como também da temperatura, da radiação UV do Sol e de impactos físicos, como a ação das ondas.
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