7 de novembro de 2025
Olhar Espacial relembra outros “Cometas Apocalípticos” como o visitante interestelar
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Descoberto em julho, o visitante interestelar 3I/ATLAS se tornou o mais recente exemplo de cometas que provocam fascínio e apreensão. Assim como ele, outros corpos celestes desse tipo (tanto nativos do Sistema Solar quanto “estrangeiros”) foram historicamente associados a presságios de desastres e mudanças importantes para a humanidade. 

Um exemplo notório é o Cometa de Halley, que em 1066, de acordo com o Atlas Obscura, foi interpretado como mau presságio antes da invasão normanda na Inglaterra. Outro caso é o Cometa de César, que surgiu após o assassinato de Júlio César e foi visto pelos romanos como a ascensão de sua alma aos céus, simbolizando uma mudança política profunda.

Imagem do cometa Halley obtida durante a passagem do objeto pela Terra em 1986. Crédito: NASA/W. Liller

Civilizações antigas observavam os cometas com atenção e medo. Na China, segundo a Agência Espacial Europeia (ESA), registros imperiais descrevem cometas como “vassouras-estrelas” que prenunciavam guerras, epidemias e fome. Na Roma antiga, essas aparições eram interpretadas como sinais da vontade dos deuses, ligadas ao destino de imperadores e à sorte do Estado.

3I/ATLAS é mais um “Cometa Apocalíptico”

Agora, o 3I/ATLAS vem se juntar ao hall de objetos que, mesmo com todo o avanço da ciência, mostram que o Universo ainda guarda fenômenos capazes de surpreender e desafiar nossa compreensão. A combinação de registros históricos e observações recentes evidencia como esses “Cometas Apocalípticos” despertam cada vez mais interesse e atiçam mais a imaginação humana.

Uma imagem profunda do cometa interestelar 3I/ATLAS capturada pelo Espectrógrafo Multiobjeto Gemini (GMOS) no Telescópio Gemini Sul. Crédito: Observatório Internacional Gemini/NOIRLab/NSF/AURA. Processamento de imagens Shadow the Scientist: J. Miller e M. Rodriguez (Observatório Internacional Gemini/NSF NOIRLab), TA Rector (Universidade do Alasca Anchorage/NSF NOIRLab), M. Zamani (NSF NOIRLab)

Para saber tudo sobre o 3I/ATLAS e outros cometas que, desde os tempos mais remotos, assombram a humanidade, não perca o Olhar Espacial desta sexta-feira (7). O programa recebe o astrônomo amador Rodrigo Fernandes, que conta com vários cursos na área de astronomia, astrofísica e meteorologia em diversas universidades públicas brasileiras.

O astrônomo amador Rodrigo Fernandes é o convidado desta noite do Programa Olhar Espacial. Crédito: Arquivo pessoal

Doutor em medicina chinesa pela Universidade de Shanghai, na China, ele tem ampla experiência como professor em áreas da saúde. Estudou também na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Com experiência em divulgação científica em praças e escolas públicas, Fernandes fundou o grupo Tapirapé, que oferece cursos livres de astronomia no YouTube. Além disso, ele realiza uma gama de atividades em parceria com a Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA) e Observatório Nacional (ON). Para completar, é também construtor de telescópios e especialista em restauração de telescópios refletores.

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Como assistir ao Programa Olhar Espacial

Apresentado por Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia – APA; membro da SAB – Sociedade Astronômica Brasileira; diretor técnico da Bramon e coordenador nacional do Asteroid Day Brasil, o programa é transmitido ao vivo, todas às sextas-feiras, às 21h (horário de Brasília), pelos canais oficiais do veículo no YouTubeFacebookInstagramX (antigo Twitter)LinkedIn e TikTok.

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Fonte: https://olhardigital.com.br/2025/11/07/ciencia-e-espaco/olhar-espacial-aborda-as-lendas-do-3i-atlas-e-outros-cometas/