24 de novembro de 2024
Olimpíadas podem bater recorde histórico de ciberataques; entenda
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A competição esportiva mais importante do ano começou nesta quarta-feira (24): as Olimpíadas 2024. Além de recordes nas diversas modalidades, o evento também pode ficar marcado por milhões de tentativas de ataques de hackers e golpistas, alerta especialista em cibersegurança.

Nos Jogos anteriores, os cibercriminosos também reforçaram suas atividades. Segundo a NTT Corporation, corporação japonesa que forneceu serviços de telecomunicações para os Jogos de Tóquio 2021, foram nada menos que 450 milhões de ataques cibernéticos registrados. É esperado que o número seja superado este ano.

Especialista alerta sobre ataques cibernéticos nas Olimpíadas 2024

O diretor técnico e estrategista de segurança da empresa Tenable, Bernard Montel, sugere que as organizações envolvidas na realização dos Jogos devem ficar mais vigilantes contra ciberameaças como ataques DDoS, ransomware e desinformação.

Há muitos patrocinadores e fornecedores que se preparam para que Paris 2024 tenha sucesso, todos os quais terão infraestruturas e recursos dedicados. Infelizmente, isso coloca um grande alvo nas costas dos envolvidos antes e durante os Jogos

Bernard Montel, diretor técnico e estrategista de segurança na Tenable para a região de EMEA (Europa, Oriente Médio e África)

Nos Jogos de Tóquio 2021, foram registrados 450 milhões de ataques cibernéticos. É esperado que o número seja superado este ano em Paris. (Imagem: kovop/Shutterstock)

Quais ciberataques podem atingir as Olimpíadas?

  • Um exemplo é um ataque DDoS direcionado a sistemas críticos para os Jogos;
  • Já o ransomware pode ser usado em tentativas de extorsão para resolver problemas o mais rápido possível, já que qualquer interrupção nos serviços seria devastador para os envolvidos nas Olimpíadas 2024.
  • Outras ameaças também não devem ser descartadas. Os hackers podem comprometer câmeras de segurança, o funcionamento de portões de segurança, catracas ou até mesmo fornecedoras de energia;
  • Sem contar com sistemas de som, telão e plataformas de streaming que vão transmitir os Jogos de Paris;
  • As próprias organizações também podem ser impactadas com violação de dados, o que pode afetar milhões de pessoas.
Organizações envolvidas nas Olimpíadas 2024 devem ficar mais vigilantes contra ciberameaças.
Organizações envolvidas nas Olimpíadas 2024 devem ficar mais vigilantes contra ciberameaças. (Imagem gerada via Gemini/Olhar Digital)

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Ainda, conforme o executivo, proteger ambientes e infraestruturas computacionais de ameaças à segurança cibernética requer uma combinação de ações. A lista inclui manter softwares atualizados e revisar permissões de usuários. Contas de administrador, por exemplo, devem ser identificadas e o acesso reforçado com autenticação multifator.

Por fim, também há necessidade de monitoramento contínuo em busca de sinais de comportamento estranho ou atividades suspeitas, bem como equipes de segurança em prontidão para agir imediatamente caso seja identificada a exploração de uma vulnerabilidade crítica.

Vale mencionar que Geraldo Guazzelli, diretor-geral da NETSCOUT Brasil, também destacou aqui ataques passados que atingiram os Jogos Olímpicos. Em Londres 2012, ataques DDoS atingiram sistemas elétricos durante a cerimônia de abertura. Já no Rio 2016, um ataque massivo atingiu sites governamentais e patrocinadores.

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Fonte: https://olhardigital.com.br/2024/07/24/seguranca/olimpiadas-podem-bater-recorde-historico-de-ciberataques-entenda/