11 de agosto de 2025
Os 8 piores pais do reino animal
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Cuidar dos filhos não é uma tarefa simples, tanto para nós humanos quanto para os animais. Além disso, a noção que temos sobre instinto maternal e cuidado parental é muito mais complexa do que imaginamos ao observar a natureza.

Muitas vezes, as regras são outras. Algumas atitudes que alguns animais têm com os filhotes, por mais duras que pareçam sob um olhar humano, fazem parte de estratégias aperfeiçoadas pela evolução para garantir a sobrevivência da espécie.

Confira, a seguir, a nossa lista com os 8 “piores” pais e mães do reino animal.

Cuco

Cuco-canoro / Crédito: Wikimedia (Marton Berntsen)

Entre os pais pássaros mais infames estão os cucos. Esses pássaros são adeptos de uma estratégia reprodutiva que ocorre no meio animal, chamada parasitismo de ninho. Nos casos dos cucos, a fêmea deposita seus ovos nos ninhos de outras aves para que estas assumam o cuidado dos filhotes.

Embora fiquem maiores, os ovos do cuco imitam a aparência dos ovos dos hospedeiros para evitar rejeição. Para garantir a segurança ao colocar os ovos, a fêmea ainda imita o voo de um predador, afastando os donos do ninho. 

Alias, geralmente o cuco destroi os ovos do hospedeiro antes de colocar o seu próprio no ninho.

Cegonha

cegonha
Cegonha / Crédito: Pxhere (domínio público)

A famosa lenda de que a cegonha traz bebês para as famílias contrasta com o comportamento dessa ave na natureza. Quando a ninhada é grande ou falta comida, a fêmea expulsa os filhotes mais fracos do ninho, abandonando-os para morrer.

Essa atitude segue a seleção natural. Investir em todos os filhotes diminuiria as chances de sobrevivência da ninhada. Por isso, a cegonha concentra seus recursos nos mais fortes, descartando os menos viáveis.

Hamster

Crédito: Raquel Vizcaino/Shutterstock

Se você já teve hamsters como pets, talvez tenha presenciado algo perturbador: a mãe consumindo seus próprios filhotes. Esse comportamento, chamado canibalismo filial, pode parecer cruel, mas é mais comum do que se imagina.

Hamsters podem recorrer a essa prática em situações de estresse, falta de alimento ou quando percebem que algum filhote está doente ou fraco.

Urso-pardo

Imagem: Dennis W Donohue/Shutterstock

Se tem um pai no reino animal que não é exemplo para ninguém, é o urso-pardo macho! Brincadeiras à parte, o urso-pardo macho não cria vínculo nem com a fêmea nem com os filhotes. Depois do acasalamento, ele vai embora e não participa da criação.

Além disso, o urso-pardo macho é um dos animais que praticam o infanticídio. Ele pode matar filhotes que encontrar, inclusive os seus próprios.

Esse comportamento ocorre porque, ao eliminar os filhotes, a fêmea entra no cio mais rápido, aumentando as chances do macho de acasalar novamente. Enquanto isso, a mãe cuida sozinha dos filhotes e precisa protegê-los dos machos adultos.

Coelho

coelho
Coelho-europeu (Oryctolagus cuniculus) / Crédito: Aiwok (wikimedia/reprodução)

Assim como os hamsters, coelhos podem praticar canibalismo filial. Em situações de estresse, falta de alimento ou ambiente inseguro, a mãe pode matar filhotes mais fracos ou doentes. 

Esse comportamento ajuda a preservar recursos para os filhotes com mais chances de sobreviver. Além disso, às vezes ela consome os filhotes mortos para recuperar nutrientes essenciais.

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Vidua macroura

Vidua macroura
Vidua macroura / Crédito: Wikimedia (New Jersey Birds)

Assim como os cucos, as Vidua macroura também são pais folgados que praticam parasitismo de ninho. 

Essas aves costumam adicionar de 2 a 4 ovos aos que já estão no ninho dos hospedeiros. Os filhotes das Vidua macroura ainda imitam o padrão da boca dos filhotes da espécie hospedeira, o que facilita a alimentação pelos pais adotivos. 

Contudo, diferente dos cucos, as Vidua macroura não destroem os ovos da hospedeira.

Cascavel

cobra cascavel
Imagem: caioacquesta/Shutterstock

Assim como muitas serpentes, as cascavéis não oferecem nenhum cuidado parental. Depois que os filhotes nascem, a fêmea simplesmente os abandona, sem oferecer proteção ou alimento.

A partir daí, os pequenos precisam se virar sozinhos desde o início, enfrentando predadores e aprendendo a caçar por conta própria. Nesse caso, a estratégia é produzir vários filhotes e deixar que a natureza selecione os que conseguirem sobreviver.

Pelicano

Pelicano dando rasante em rio com peixe no bico
(Imagem: Abhishek S Padmanabhan/Shutterstock)

Entre os pelicanos, também pode ocorrer uma atitude extrema dentro do ninho. Quando há muitos filhotes ou falta alimento, os pais ignoram os mais fracos, concentrando toda a atenção nos mais fortes.

Em alguns casos, os filhotes menos desenvolvidos acabam sendo empurrados para fora do ninho e morrem. É mais uma estratégia dura, mas que visa garantir a sobrevivência daqueles com maiores chances.

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Fonte: https://olhardigital.com.br/2025/08/11/ciencia-e-espaco/os-8-piores-pais-do-reino-animal/