Um estudo liderado pela Faculdade de Medicina Azrieli, da Universidade Bar-Ilan, em Israel, aponta que a pandemia de COVID-19 provocou uma queda significativa na confiança dos pais em vacinas infantis; resultado que já se reflete no ressurgimento de doenças evitáveis, como o sarampo.
As conclusões, publicadas na revista científica Vaccine, chegam em meio a um dos piores surtos de sarampo em décadas em Israel, com milhares de infecções e mortes de crianças não vacinadas.
Queda global nas taxas de imunização
- A pesquisa entrevistou mais de 2 mil pais em Israel e no Reino Unido e constatou que as coberturas para vacinas essenciais, como as contra sarampo, caxumba e rubéola (SCR) e difteria, tétano e coqueluche (DTP), diminuíram após a pandemia.
- No Reino Unido, a taxa de imunização da tríplice viral caiu de 97,3% para 93,6%; em Israel, de 94,3% para 91,6%.
- Além disso, cerca de 5% dos pais britânicos e 6,6% dos israelenses deixaram de vacinar os filhos mais novos, mesmo tendo imunizado os mais velhos.
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Medo e desinformação alimentam hesitação
Segundo o professor Michael Edelstein, principal autor do estudo, “a pandemia teve um impacto claro nas atitudes e comportamentos dos pais em relação à vacinação”.
O medo de efeitos colaterais foi o principal motivo citado para recusar ou adiar vacinas – apontado por 92% dos pais no Reino Unido e 63% em Israel. Os pesquisadores alertam que, se a confiança nas vacinas continuar em queda, “décadas de progresso na prevenção de doenças poderão ser perdidas”.

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