Nesta quinta-feira (6), o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou que a tecnologia por trás do Pix, criada no Brasil, pode ser a chave para a integração de diversos sistemas de pagamento instantâneo ao redor do mundo.
Durante sua participação na Conferência Chapultepec, realizada no México com o objetivo de aprimorar a infraestrutura financeira nas Américas, Galípolo ressaltou que a tecnologia para conectar pagamentos internacionais rápidos já está disponível.
“O Pix tem o potencial de integração de pagamentos com sistemas instantâneos internacionais. Hoje, a tecnologia não é mais um obstáculo para essa conexão”, declarou, em discurso de oito minutos, segundo informações do UOL.
Segundo o dirigente, para que a integração aconteça, os países interessados deverão estabelecer acordos e definir regras mínimas que criem ambiente regulatório comum. “Para integrar o sistema de pagamento internacional, precisamos estabelecer campo de jogo com regras mínimas”, enfatizou, destacando a importância da harmonização das transações financeiras entre nações.
Falando sobre a trajetória do Pix, Galípolo relembrou os desafios enfrentados durante seu desenvolvimento. “Foram mais de dez anos de resistência“, comentou sobre o processo que culminou no lançamento do sistema, em 2020.
Para tirar o projeto do papel, o BC atuou como regulador, incentivando a adesão de mais de 500 mil contas e instituições, o que foi crucial para criar massa crítica de usuários e garantir o sucesso do Pix. Como resultado, o sistema não apenas aumentou a competitividade no setor de pagamentos no Brasil, mas, também, respondeu à demanda por opção de transação que fosse rápida, barata, fácil e segura.
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Pix e sistemas de pagamento internacionais
- O sistema brasileiro integra lista de mais de 50 países que já dispõem de soluções de pagamento instantâneo, como:
- MB Way, em Portugal;
- Bizum, na Espanha;
- Zengin, no Japão.
- De acordo com relatório global da ACI Worldwide e da GlobalData, o Brasil ocupa a oitava posição em termos de volume de transações desse tipo.
Galípolo não abordou questões relacionadas à política monetária e seguirá fora do país até 8 de fevereiro, participando dos trabalhos promovidos pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS).
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