Em 2006, a União Astronômica Internacional (IAU, na sigla em inglês) determinou novas definições para o que seria um planeta e, consequentemente, para o que seria considerado um planeta anão.
Assim, ao mesmo tempo que Plutão foi oficialmente rebaixado (quem não se lembra disso?) de categoria, outros corpos celestes também começaram a despontar no céu e puderam receber um pouco mais de atenção.
Planeta anão: a definição que rebaixou Plutão
Antes de contabilizar o número de planetas anões conhecidos hoje, vamos à definição do que seria um planeta anão, de acordo com a IAU:
- Primeiro de tudo, um planeta anão é um objeto em órbita ao redor do Sol;
- Precisa ser grande o suficiente para assumir uma forma quase redonda, mas não grande o suficiente para conseguir limpar os detritos de sua órbita;
- Em geral, planetas anões são menores que Mercúrio (que é considerado hoje o menor planeta do Sistema Solar). Para ter uma ideia, os planetas têm proporções 100 mil vezes maiores que os planetas anões;
- Planetas anões também podem orbitar em zonas com outros objetos (por exemplo, dentro de um cinturão de asteroides).
Com as novas definições, portanto, os nove planetas que antes existiam no nosso Sistema Solar passaram a ser apenas oito: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.
Plutão, como já mencionamos, passou de planeta para a categoria de planeta anão, sendo o primeiro a ser contabilizado na nova lista.
Ao lado dele, outros quatro planetas anões reconhecidos pela IAU como tal e que entraram em cena: Ceres, Makemake, Haumea e Éres.
Os cinco planetas anões do Sistema Solar
Falando um pouco sobre cada um deles, temos (em ordem de aparição a partir do Sol):
Ceres: ele que é o maior dos planetas anões.
Localizado no cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter, esse planeta anão foi identificado pela primeira vez em janeiro de 1801 pelo matemático e astrônomo italiano Giuseppe Piazzi.
Originalmente, Ceres foi classificado como um planeta, mas, assim como Plutão, foi rebaixado.
Depois, temos ele: Plutão, nosso já conhecido planeta gelado.
Membro do cinturão de Kuiper, uma região que aparece depois de Netuno, Plutão é também composto por rochas, além do gelo, tendo um tamanho cinco vezes menor que a Lua e respondendo por um terço da massa do satélite natural da Terra.
Seguindo Plutão está Makemake. Este planeta anão também está localizado no cinturão de Kuiper e é o segundo objeto mais brilhante do local – perdendo o posto apenas para Plutão.
Makemake é um dos mais novos dentre os planetas anões, tendo sido descoberto em 31 de março de 2005 por uma equipe do Observatório Palomar, em San Diego, na Califórnia (EUA).
Depois, temos Haumea, com duas luas e uma massa de cerca de um terço da de Plutão.
Haumea é considerado hoje o objeto astronômico com a rotação mais rápida do Sistema Solar, com uma duração de apenas quatro horas – o que também faz com que a sua aparência tenha o formato de uma bola ovalada, similar à de rugby.
Leia mais:
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Por fim, temos Éris: nomeado em homenagem à deusa grega do conflito e da discórdia, esse planeta anão é mais massivo que Plutão.
Ele também foi identificado pela primeira vez em 2005, sendo o segundo maior planeta anão do Sistema Solar.
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