30 de novembro de 2024
Próxima parada do rover Curiosity em Marte é cheia de
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Depois de capturar uma visão 360° de Marte e descobrir cristais de enxofre que ninguém sabe explicar como foram parar lá, o rover Curiosity, da NASA, segue para a próxima etapa de sua missão. Agora, ele se dirige a uma região conhecida como “Caixa”, formada por rochas que lembram teias de aranha e que se estendem por quilômetros – possivelmente guardando pistas sobre o passado aquático do planeta.

Rover Curiosity, em Marte. Crédito: Divulgação/NASA

O equipamento acaba de deixar Gediz Vallis, um canal nas encostas do Monte Sharp, na Cratera Gale, onde pousou em 2011. Durante os meses que passou explorando o local, ele fez descobertas significativas, mas também enfrentou desafios, como a danificação de suas rodas enquanto se deslocava pelas encostas íngremes.

De acordo com um comunicado do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL), da NASA, a “Caixa” – onde o rover deve chegar em janeiro – é uma área com características de superfície que se assemelham a tramas, com diâmetros variando entre 10 e 20 quilômetros. Essas formações rochosas, vistas pela primeira vez há décadas, nunca foram estudadas de perto.

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“Caixa” em Marte lembra formações terrestres

Vale ressaltar que as “teias” não são as famosas “aranhas de Marte”, formadas quando o gelo de dióxido de carbono sublima. As características da Caixa marciana lembram formações terrestres encontradas em cavernas, onde a água rica em calcita preenche fissuras nas rochas, endurecendo e criando estruturas cristalinas semelhantes a estalactites. 

Aqui na Terra, tais formações ocorrem em cavernas, como no Parque Nacional Wind Cave, nos EUA, mas, em Marte, acredita-se que sejam resultado da mineralização deixada por antigos lagos e oceanos.

Estrutura semelhante a uma teia encontrada no Parque Nacional Wind Cave, em Dakota do Sul. O rover Curiosity, da NASA, está se preparando para uma jornada rumo a uma formação semelhante que se estende por quilômetros na superfície de Marte. Crédito: NPS / Kim Acker via JPL NASA

Pesquisadores aguardam que o Curiosity possa fornecer mais informações sobre como essas estruturas se formaram e o que elas podem revelar sobre o passado aquoso do Planeta Vermelho. 

O estudo dos minerais presentes nessas formações pode ajudar a esclarecer a possibilidade de vida microbiana em Marte. Cientistas da missão, como Kirsten Siebach, da Universidade Rice, destacam que as condições no subsolo marciano poderiam ter sido favoráveis à sobrevivência de micróbios, o que torna a região da Caixa um alvo promissor para futuras descobertas. 

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Fonte: https://olhardigital.com.br/2024/11/29/ciencia-e-espaco/proxima-parada-do-rover-curiosity-em-marte-e-cheia-de-teias-de-aranha/