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A natureza é um palco de sons, e alguns animais são verdadeiros protagonistas quando o assunto é barulho. Sons altos podem ter diversas finalidades no reino animal, como atrair parceiros, marcar território ou se defender de predadores.

Para nós, seres humanos, entender o comportamento sonoro desses seres é fascinante, especialmente quando esses sons ultrapassam os limites do que consideramos “normais”. Mas você já parou para pensar qual é o animal mais barulhento do mundo?

E o que torna esses sons tão impactantes? Enquanto o barulho de uma conversa normal gira em torno de 60 decibéis (dB), muitos desses animais conseguem produzir sons que chegam a ultrapassar 200 dB! Para efeito de comparação, um show de rock pode alcançar 120 dB, enquanto um avião a jato durante a decolagem chega a 140 dB.

Nesta lista, você descobrirá os cinco animais mais barulhentos do planeta, suas características e as razões por trás de seus sons tão impressionantes.

Leão (114 dB)

Conhecido como o “Rei da Selva”, o leão (Panthera leo) é um dos animais mais barulhentos do mundo. Seu rugido pode atingir 114 dB e ser ouvido a até 8 km de distância. Esse som é usado principalmente para marcar território e comunicar-se com membros de sua alcateia, especialmente durante a noite.

Para efeito de comparação, 114 dB é equivalente ao som de uma serra elétrica ou de um show de música em volume moderado. A força do rugido do leão está relacionada à sua laringe especializada, que amplifica as vibrações e cria um impacto sonoro intimidador.

Imagem: 2021 Photography / Shutterstock.com

Bugio (140 dB)

O bugio, ou macaco uivador, é o animal terrestre mais barulhento de todos, emitindo sons que chegam a 140 dB. Esses primatas habitam florestas tropicais da América Central e do Sul e usam seu potente uivo para delimitar território e comunicar-se com outros grupos.

Para efeito de comparação, 140 dB equivalem ao som de um avião a jato durante a decolagem. O segredo do bugio está em sua caixa vocal ampliada, que ressoa os uivos de maneira impressionante. Esses sons podem ser ouvidos a até 5 km de distância, mostrando o poder de comunicação desses macacos.

Bugio-ruivo — Imagem: Leonardo Mercon / Shutterstock

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Baleia Azul (188 dB)

A baleia-azul (Balaenoptera musculus) não é apenas o maior animal do planeta; também está entre os mais barulhentos. Seus cantos podem atingir impressionantes 188 dB e são usados para comunicação a longas distâncias, muitas vezes superiores a centenas de quilômetros.

O som da baleia-azul é comparável ao de uma turbina de avião, mas, assim como os cliques do cachalote, é amplificado pela densidade da água, o que facilita a propagação. Essas vocalizações desempenham um papel crucial durante a reprodução e na navegação em seus extensos territórios oceânicos.

Camarão-de-estalo(218 dB)

Apesar de seu pequeno tamanho, o camarão-pistola ou camarão-de-estalo, (Alpheus heterochaelis) é uma verdadeira máquina de ruídos. Ele produz sons de até 218 dB ao fechar rapidamente suas garras. Esse barulho é tão intenso que chega a criar bolhas de alta pressão na água, capazes de atordoar ou até matar pequenos peixes.

Para efeitos práticos, o som emitido pelo camarão-pistola equivale ao de um tiro de arma de fogo, e o impacto é tão forte que gera temperaturas momentaneamente superiores a 4.000 °C ao redor das bolhas. Essa estratégia faz do camarão-pistola um dos predadores mais eficazes de seu ecossistema, apesar de ser tão pequeno e aparentemente inofensivo.

Cachalote (230 dB)

O cachalote, conhecido cientificamente como Physeter macrocephalus, é o animal mais barulhento do mundo. Esses gigantes do oceano produzem cliques de até 230 dB, utilizados para ecolocalização. Eles emitem esses sons para localizar presas em águas profundas, onde a visibilidade é quase nula.

Para comparação, 230 dB é muito mais alto do que um foguete sendo lançado, que gera cerca de 180 dB. Felizmente, esses cliques são emitidos debaixo d’água, onde a densidade do meio reduz os impactos negativos aos nossos ouvidos. A habilidade do cachalote em gerar sons tão altos está ligada à sua necessidade de caçar lulas gigantes em profundidades extremas, tornando-o um verdadeiro mestre da comunicação acústica.