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Existem muitos métodos contraceptivos, cada um com diferentes níveis de eficácia e adequação às necessidades de cada pessoa. Escolher o melhor para você depende de fatores como idade, estilo de vida, saúde geral, frequência das relações sexuais e objetivos (como planejar a gravidez no futuro ou evitar infecções sexualmente transmissíveis). É importante conhecer as opções disponíveis e, de preferência, discutir com um médico ou profissional de saúde.
Então, como o universo de métodos é vasto, abaixo vamos destacar os mais famosos, como usá-los e por que é essencial utilizá-los corretamente. Os critérios para escolher o melhor método contraceptivo devem avaliar pontos como a eficácia, a proteção contra ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), a facilidade de uso, os efeitos colaterais, questões como planejamento familiar e condições de saúde.
Quais os métodos contraceptivos mais famosos e como utilizá-los?
Preservativo masculino (camisinha)
O mais conhecido e popular de todos, consiste em um envoltório de látex ou poliuretano que cobre o pênis durante a relação sexual.
Deve ser colocado antes de qualquer contato genital. Abra a embalagem com cuidado, desenrole no pênis ereto, deixando espaço na ponta para o sêmen, e remova com cuidado após a ejaculação.
É o único método que protege contra gravidez e infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Sua eficácia com uso típico é de 85% e com o uso perfeito chega a 98%.
Preservativo feminino
É um tubo flexível de poliuretano que se encaixa na vagina. Deve ser inserido na extremidade menor na vagina, garantindo que o anel externo fique fora da vulva. Deve ser retirado e descartado após o uso.
Protege contra ISTs e é uma alternativa para quem não pode usar preservativos masculinos ou tem alergia ao látex. A eficácia com uso típico é 79% e 95% com uso perfeito.
Pílula anticoncepcional
Um comprimido diário que contém hormônios para prevenir a ovulação. Deve ser ingerido um comprimido por dia, preferencialmente no mesmo horário. É necessário iniciar de acordo com a orientação médica.
Possui alta eficácia na prevenção da gravidez quando usada corretamente, mas não protege contra ISTs. A eficácia com uso típico é de 91% e a eficácia com uso perfeito de 99%. A eficácia pode ser reduzida se esquecida ou em caso de interações.
Dispositivo intrauterino (DIU)
Um pequeno dispositivo de plástico e cobre (ou hormonal) inserido no útero por um profissional de saúde. Uma vez inserido, pode permanecer eficaz por 3 a 10 anos, dependendo do tipo.
Oferece proteção de longo prazo com baixa manutenção. O DIU de cobre tem eficácia de >99% (com eficácia de longo prazo, até 10 anos) e o DIU hormonal alcança >99% (com eficácia de 3 a 5 anos, dependendo do tipo).
Observação: é um contraceptivo reversível de longa duração.
Injeção anticoncepcional
Uma injeção hormonal administrada a cada 1 ou 3 meses. Aplicada por um profissional de saúde em intervalos regulares.
Conveniente para quem prefere não tomar uma pílula diariamente. Eficácia com uso típico é 94% e a eficácia com uso perfeito é de 99%.
Observação: Deve ser aplicada rigorosamente nos intervalos recomendados (1 ou 3 meses).
Pílula do Dia Seguinte
É uma dose alta de hormônios para evitar a gravidez após uma relação sexual desprotegida. Deve ser tomada até 72 horas após a relação (quanto antes, maior a eficácia). Eficácia é de 75% a 89%, dependendo de quão rápido for tomada após a relação desprotegida.
É uma medida emergencial, não substitui métodos regulares e não protege contra ISTs.
Implante contraceptivo
Uma pequena haste colocada sob a pele do braço que libera hormônios. É inserido e removido por um profissional, com duração de até 3 anos. A eficácia é >99% (eficaz por até 3 anos).
Oferece proteção discreta e de longa duração.
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Quais os benefícios dos métodos contraceptivos?
Os métodos contraceptivos oferecem diversos benefícios, que vão além da prevenção de gravidez indesejada e ISTs. No planejamento familiar e controle reprodutivo, por exemplo, permitem que as pessoas escolham o momento ideal para ter filhos, melhorando a qualidade de vida e a estabilidade financeira. Pode também contribuir para intervalos saudáveis entre as gestações, reduzindo riscos de complicações maternas e infantis.
No caso dos preservativos, são fundamentais para pessoas com múltiplos parceiros ou em relacionamentos não monogâmicos. Já as pílulas anticoncepcionais, DIUs hormonais e implantes podem regular o ciclo menstrual, aliviar dores menstruais (dismenorreia) e reduzir sangramentos intensos.
Alguns métodos ajudam a tratar condições hormonais, como síndrome dos ovários policísticos (SOP), endometriose e acne. Os métodos hormonais podem diminuir o risco de câncer de ovário, endométrio e colo do útero. O DIU hormonal pode ajudar a tratar hiperplasia endometrial e prevenir sua progressão.
Relações sexuais desprotegidas podem transmitir diversas infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Algumas dessas infecções são causadas por bactérias, vírus, fungos ou parasitas, e podem ter consequências graves se não forem tratadas.
– Infecções virais: HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana); HPV (Papilomavírus Humano); Herpes genital; hepatites B e C.
– Infecções bacterianas: sífilis; gonorreia; clamídia; donovanose (granuloma inguinal)
– Infecções parasitárias e outras: tricomoníase; candidíase (embora não seja exclusivamente transmitida sexualmente, relações desprotegidas podem favorecer a proliferação do fungo Candida); pediculose pubiana (Chato).
Não, nunca se deve reutilizar uma camisinha. As camisinhas são projetadas para uso único e descartável. Reutilizá-las compromete sua integridade e eficácia, aumentando significativamente o risco de rompimento, vazamento e transmissão de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), além da possibilidade de gravidez indesejada.
O látex ou poliuretano pode se desgastar após o uso inicial, tornando a camisinha menos resistente. O contato inicial pode transferir fluidos corporais, bactérias e vírus, que permanecem no material e podem ser transmitidos ao reutilizá-la.
A perda de lubrificação e o estresse no material durante o primeiro uso diminuem sua eficácia no uso subsequente.
Recomendações: sempre utilize uma camisinha nova a cada ato sexual, desde o início do contato até o final. Certifique-se de que o preservativo está dentro da validade e que a embalagem não está danificada. Após o uso, descarte-o de maneira adequada no lixo (nunca no vaso sanitário).
Consulta médica é essencial
Cada pessoa tem necessidades únicas. Um profissional pode ajudar a analisar seu histórico clínico, possíveis contraindicações e preferências pessoais para recomendar o método mais adequado. Lembre-se, o mais importante é utilizar qualquer método de forma correta para garantir eficácia.
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Fonte: https://olhardigital.com.br/2025/02/16/medicina-e-saude/quais-os-metodos-contraceptivos-mais-famosos-e-como-utiliza-los/