
Os carros elétricos são considerados por muitos o futuro da mobilidade. Mas ainda existem alguns obstáculos para que estes veículos se tornem realmente populares. Apesar do crescimento nas vendas, alguns motoristas ainda são céticos em relação ao fim do uso da gasolina.
Neste cenário, startups ao redor do mundo estão correndo para desenvolver novas tecnologias de baterias usando materiais como sódio e enxofre ou outros produtos químicos inovadores. O objetivo é cortar custos e reduzir a dependência de alguns minerais.
Quem controla o mercado das baterias de carros elétricos?
De acordo com informações da Reuters, a China controla 85% da produção global de células de bateria. Além disso, o país é responsável por 90% do processamento de matérias-primas usadas em duas variantes de íons de lítio, que dominam o mercado atual de veículos elétricos.
Desse modo, encontrar novas alternativas também é uma forma de reduzir a dependência chinesa. Nos últimos anos, as baterias evoluíram rapidamente, mas o princípio básico permanece inalterado. São três componentes principais: um cátodo, um ânodo e um eletrólito.
Quais são as baterias usadas em carros elétricos?
1) Chumbo
O chumbo é usado em baterias existentes de 6 ou 12 volts para alimentar acionadores de carros. A vantagem é que ele é barato e funciona em condições extremas. As desvantagens, no entanto, estão no fato de ser um metal pesado e em sua pouca energia.

2) Níquel-Cádmio
As baterias de níquel-cádmio são conhecidas por sua longa vida útil e capacidade de suportar altas taxas de descarga, tornando-as adequadas para diversas aplicações. No entanto, o cádmio é um metal pesado e tóxico, o que exige atenção especial no descarte para evitar impactos ambientais
3) Níquel-Hidreto Metálico
Já o níquel-hidreto metálico é um tipo de bateria recarregável que apresenta alta densidade de energia e segurança, sendo uma alternativa mais ecológica às baterias de níquel-cádmio.
Elas são amplamente usadas em eletrônicos portáteis e, principalmente, em veículos híbridos, mas apresentam uma vida útil ligeiramente inferior ao níquel-cádmio.
4) Cloreto de Níquel e Sódio
O cloreto de níquel e sódio é usado para criar uma bateria menor e que pode ser instalada em veículos existentes sem a necessidade de convertê-los para outras tecnologias. Por outro lado, ela garante uma velocidade máxima e uma autonomia limitadas.

5) LiPO ou Polímero de Lítio
A bateria LiPO ou Polímero de Lítio é adaptável a diferentes formatos e permite altas taxas de descargas elétricas. O problema é que ela requer pré-aquecimento e manutenção a uma determinada temperatura.
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Já os produtos de íon-lítio são amplamente utilizadas em eletrônicos portáteis e veículos elétricos devido à sua capacidade de armazenar mais energia em um menor espaço. Elas carregam mais rápido, duram mais e têm um custo decrescente, mas existe um risco maior de superaquecimento.
6) Níquel Manganês Cobalto (NMC)
As baterias Níquel Manganês Cobalto (NMC) usam uma combinação conhecida por sua alta densidade energética, o que permite que elas armazenem uma abundância de energia em um encapsulamento relativamente pequeno e leve.
Existe uma alternativa chamada fosfato de ferro e lítio (LFP), que elimina a necessidade de cobalto e é adequada para veículos menores, mas apresenta menor densidade de energia.
7) Íon de Sódio
Por fim, as baterias de íon de sódio funcionam de maneira similar às de lítio. Elas são consideradas uma tecnologia promissora devido ao sódio ser um elemento abundante, o que as torna potencialmente mais baratas e seguras. Os pontos negativos são a menor densidade de energia e o alto custo de produção.
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