
Pela segunda vez consecutiva, São Paulo é considerado o estado mais inovador do Brasil no Índice Brasil de Inovação e Desenvolvimento (Ibid), elaborado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Medido por um número que varia de 0 a 1, o índice considera 80 critérios de sete pilares: instituições, capital humano, infraestrutura, economia, negócios, conhecimento e tecnologia e economia criativa.
Na edição deste ano, São Paulo obteve a nota 0,872 — quase três vezes a média nacional (0,296), que também foi superada por outros cinco estados: Santa Catarina (0,449), Paraná (0,413), Rio de Janeiro (0,410), Rio Grande do Sul (0,398) e Minas Gerais (0,368). Os últimos colocados na classificação são Alagoas (0,148), Maranhão (0,127) e Acre (0,122).
“Os resultados do IBID 2025 confirmam que a inovação está cada vez mais presente no cotidiano das micro e pequenas empresas brasileiras. Esse avanço só é possível porque os ecossistemas locais de inovação vêm se estruturando, aproximando universidades, startups e empreendedores. A redução da distância em relação a São Paulo mostra também que a inovação deixou de ser privilégio de poucos estados”, afirma o diretor técnico do Sebrae Nacional, Bruno Quick.
Os destaques da pesquisa
- Líderes regionais: São Paulo no Sudeste; Santa Catarina no Sul; Amazonas no Norte; Rio Grande do Norte no Nordeste; e Distrito Federal no Centro-Oeste;
- Amazonas foi o estado que mais ganhou posições entre 2024 e 2025, passando da 20ª para a 17ª posição;
- Rio de Janeiro caiu da segunda para a quarta posição no intervalo de uma década;
- No caso de Santa Catarina e Paraná, estados que vêm ganhando relevância no cenário da inovação nacional, a redução foi de seis pontos percentuais em relação ao líder;
- Economias do Nordeste apresentam desempenho em inovação acima do esperado em relação ao seu nível de renda.

“O IBID 2025 aponta para uma estabilidade na dinâmica territorial da inovação no Brasil, mas destaca o avanço expressivo de regiões fora do eixo tradicional. Vários estados vêm reduzindo a distância em relação a São Paulo e, sob uma perspectiva de médio prazo, há mudanças significativas nas primeiras posições do ranking nacional”, destaca o economista-chefe do INPI, Rodrigo Ventura.
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Moldando o futuro
O relatório destaca algumas mudanças estruturais que contribuíram para a nova configuração do setor de inovação no país: a pandemia de Covid-19, a transformação digital, o envelhecimento populacional e os avanços em inteligência artificial, robótica e sustentabilidade.
“O IBID busca orientar o processo decisório de formuladores de políticas, investidores e gestores públicos e privados, oferecendo uma base confiável para o planejamento de ações voltadas à promoção do desenvolvimento, com ênfase na geração de conhecimento, no uso estratégico da propriedade industrial e no fortalecimento das capacidades tecnológicas do país.”

No Índice Global de Inovação de 2024, elaborado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual, o Brasil ocupa a 50ª posição, recuo de uma posição em relação a 2023, quando ocupava o 49º lugar. Ainda assim, o país permanece como líder na América Latina e no Caribe, à frente de Chile (51º) e México (56º). Desde 2015, o Brasil subiu 20 posições.
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