No dia 25 de dezembro acontece o Natal, data que celebra o nascimento de Jesus Cristo, levando os cristãos para uma reflexão sobre a encarnação da divindade. O momento também nos faz lembrar dos Três Reis Magos (Belchior, Gaspar e Baltazar), que precisaram se deslocar em longas distâncias com o “GPS” que tiveram na época para encontrar e presentear o menino.
De acordo com a narrativa bíblica, os Três Reis Magos saíram do Oriente à procura do recém-nascido Jesus Cristo. O objetivo era adorá-lo e dar-lhe presentes. Conforme descreve a Bíblia, a divindade nasceu em Belém, no período em que Herodes era rei de Israel.
Com o nascimento de Jesus, os reis enxergaram uma estrela, a Estrela de Belém, que funcionou como o GPS dos Três Reis Magos na época, indicando o caminho correto para chegar até Jesus.
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Conforme diz o Novo Testamento, os Três Reis Magos ficaram encantados com uma linda estrela muito brilhante que havia aparecido no céu. Para eles, ela significava o anúncio de uma “boa nova” prometida, o nascimento de um rei salvador. Assim, saíram do Oriente rumo a Belém.
Seguindo a estrela, eles passaram dias e percorreram centenas de quilômetros pelo deserto sobre camelos. Na trajetória, eles encontraram o rei Herodes em Jerusalém, que pediu para que encontrassem o recém-nascido e voltassem levando informações precisas sobre onde ele estava.
Herodes afirmou que gostaria de prestar culto a Jesus. Porém, na verdade, o rei tinha medo em relação ao nascimento de outro rei e queria matar a criança.
No entanto, por meio de sonhos, Belchior, Gaspar e Baltazar foram alertados e não voltaram para avisá-lo. Os reis caminharam mais, seguindo a Estrela de Belém, e encontraram Jesus na pequena cidade de Belém, atual Cisjordânia. Assim, a estrela desapareceu.
Quais eram os presentes dos Três Reis Magos?
Conforme diz o evangelho de Mateus, os Três Reis Magos chegaram no local de nascimento de Jesus e, quando viram a mãe dele, Maria, se colocaram aos pés do recém-nascido como forma de reconhecer a divindade dele.
Então, o presentearam com ouro (simbolizava que Jesus era o aguardado “Rei dos Judeus”), mirra (um tipo de óleo que servia para ungir e embalsamar, podendo ser empregado em uma possível morte e sepultamento) e incenso (utilizado para dizer que a divindade era digna de adoração).
Como era o “GPS” de antigamente?
Antigamente, era utilizada a orientação por meio dos astros e estrelas. Esta era uma forma primitiva de orientação geográfica. Durante muito tempo os viajantes utilizaram as estrelas, Sol e Lua como referências para os seus destinos. Porém, apesar do sucesso na trajetória dos Três Reis Magos, este “GPS” não era tão preciso quanto o moderno.
A orientação por meio das estrelas era muito utilizada por pessoas do campo, como navegadores e pescadores, os quais possuíam um grande conhecimento referente às características gerais do céu durante a noite. Por exemplo, a orientação do hemisfério norte acontece por meio da constelação Estrela Polar. Já a do hemisfério sul é pelo Cruzeiro do Sul.
Para utilizar o Sol como orientação, era necessário saber a direção de seu nascimento, tomando como referência que ela é o leste da cidade, campo ou floresta. Então, basta colocar o braço direito em direção ao Sol e saber que o oeste está na direção do braço esquerdo, se opondo ao Sol, a parte frontal da pessoa representa a direção ao norte e o Sul está na parte de trás.
Como funciona o GPS atualmente?
Hoje em dia, o GPS (Sistema de Posicionamento Global) funciona por meio de satélite, definindo a localização geográfica, dando uma precisão de cerca de 5 metros. A tecnologia é utilizada em diversos aparelhos, como celulares e até itens militares.
O sistema é composto por 24 satélites que orbitam a cerca de 20.000 quilômetros da Terra. Eles, de forma individual, circundam o planeta duas vezes por dia e mandam o sinal necessário para que os equipamentos receptores em solo consigam dar a localização correta.
Então, o receptor realiza a comparação da informação com as localizações de outros dois satélites, permitindo a identificação da posição geográfica real do dispositivo por latitude e longitude. Caso entre no cálculo um quarto satélite, a informação sobre a altitude também pode aparecer.
Os satélites possuem um relógio atômico que é responsável pela emissão de sinal com informações em relação à posição em cada período de tempo de forma contínua. Assim, é determinada a localização de um objeto, com precisão quase exata. Por isso, a tecnologia de GPS é muito útil para direcionamento de rotas, além de outras funções, como o rastreamento de itens.
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