4 de fevereiro de 2025
Microplásticos podem chegar ao cérebro pelo nariz; saiba mais
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Pesquisadores já identificaram a presença dos microplásticos em praticamente todos os órgãos humanos. Uma situação considerada preocupante e que liga uma série de alertas sobre os efeitos desta contaminação à saúde humana.

Agora, cientistas revelaram que a quantidade destes materiais presentes no nosso corpo pode ser ainda maior do que se imaginava. No entanto, ainda não se sabe ao certo quais que tipo de problemas este acúmulo pode causar.

Quantidade de plástico no nosso organismo aumentou

Um recente trabalho apontou que amostras de cérebro humano cognitivamente normais coletadas durante uma autópsia continham de sete a 30 vezes mais fragmentos minúsculos de plástico do que as coletadas oito anos antes.

No total, foram identificadas 4.800 microgramas por grama, o equivalente a uma colher de plástico padrão inteira. Isso significa que 0,5% dos nossos cérebros já podem ser plástico.

Grande acúmulo de microplásticos foi identificado em cérebro humano (Imagem: Edit 4 Me/Shutterstock)

Os pesquisadores também encontraram mais três a cinco vezes mais fragmentos de plástico semelhantes a fragmentos nos cérebros de 12 pessoas que foram diagnosticadas com demência antes de sua morte em comparação com cérebros saudáveis. Esses fragmentos, menores do que os olhos podem ver, estavam concentrados nas paredes das artérias e veias do cérebro, bem como nas células imunológicas do cérebro.

Apesar das descobertas, a ciência ainda tenta entender ao certo quais são os efeitos do acúmulo de plástico no nosso organismo. As informações são da CNN.

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Amostra de microplásticos na água, armazenados em um pequeno vidro
Presença de microplásticos no nosso cotidiano é preocupante (Imagem: MargJohnsonVA/Shutterstock)

Riscos dos microplásticos

  • Os microplásticos são pequenas partículas sólidas de materiais baseados em polímero com menos de cinco milímetros de diâmetro.
  • Além de levar milhares, ou até milhões de anos para se decompor, elas estão espalhadas por todo o planeta, inclusive na própria água potável.
  • Essas substâncias podem ser divididas em duas categorias: primárias e secundárias.
  • Os primários são projetados para uso comercial: são produtos como cosméticos, microfibras de tecidos e redes de pesca.
  • Já os secundários resultam da quebra de itens plásticos maiores, como canudos e garrafas de água.
  • Este tipo de material já foi detectado em diversos órgãos humanos, sendo encontrados no sangue, cérebro, coração, pulmões, fezes e até mesmo em placentas.
  • Embora os impactos à saúde humana ainda não sejam totalmente conhecidos, experimentos indicam que as substâncias podem ser consideradas um fator ambiental para a progressão de doenças, como o Parkinson.
  • Recentemente, estudos sugeriram que a exposição aos microplástiscos pode, inclusive, afetar a produção de espermatozoides nos testículos, contribuindo para o declínio da fertilidade.

O post Quantidade de microplásticos no cérebro humano preocupa apareceu primeiro em Olhar Digital.

Fonte: https://olhardigital.com.br/2025/02/04/medicina-e-saude/quantidade-de-microplasticos-no-cerebro-humano-preocupa/