24 de novembro de 2024
Dengue: epidemia atinge todos os bairros de São Paulo
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Segundo informações da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), os primeiros relatos de dengue no Brasil datam do final do século XIX. A preocupação à época, porém, não era com essa doença especificamente, mas sim com outra: a febre amarela, também transmitida pelo mesmo inseto.

Por volta de 1955, o Brasil conseguiu erradicar o Aedes aegypti. Nas décadas seguintes, porém, com o relaxamento das medidas de prevenção, o mosquito voltou e a primeira epidemia de dengue foi registrada em 1986.

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De lá para cá, o nosso país sofre com surtos regulares. Este de 2024 é o pior da história. Mas não quero falar sobre os número neste texto. Meu objetivo aqui é tratar das nomenclaturas.

No início dos anos 2000, quando eu era adolescente, lembro muito bem das campanhas na TV e dos jornais falando sobre a doença. E sobre como a dengue hemorrágica era mais perigosa. Aquilo me marcou tanto que até hoje eu usava esse termo “dengue hemorrágica”. E não sou só eu. Conheço bastante gente que também falava a mesma coisa.

Eis que acabo de descobrir que esse nome está incorreto e não é mais usado por especialistas.

Por que não dengue hemorrágica?

  • Porque a hemorragia não é o principal sintoma da forma mais severa da doença.
  • Ela, aliás, nem se manifesta em muitos casos.
  • Essa nomenclatura estava confundindo as pessoas.
  • Por vezes, o paciente estava com a forma severa da dengue, mas, por não ter tido hemorragia, achava que estava com a forma mais leve.
  • Resultado: muitos não procuravam o hospital e a situação de saúde piorava bastante.
  • Além disso, segundo especialistas, o que mata na dengue não é a hemorragia, mas sim a desidratação.
  • Por esse motivo, em 2009, a Organização Mundial da Saúde (OMS) resolveu alterar o nome da doença para “dengue grave”.
  • O Ministério da Saúde aqui do Brasil aderiu a essa mudança em 2014.
  • Ou seja, é errado falar em dengue hemorrágica. Devemos tirar do nosso vocabulário.
Imagem: Jarun Ontakrai/Shutterstock

Os sintomas da dengue

O Ministério da Saúde recomenda que você procura um posto de atendimento assim que apresentar possíveis sintomas da doença. Mas quais seriam esses sintomas?

De acordo com a pasta, o principal deles é a febre alta, entre 39ºC e 40ºC – principalmente se ela começar de forma repentina. Além disso, é preciso ficar de outro em outros sinais, como:

  • Dor de cabeça intensa;
  • Dor atrás dos olhos;
  • Dores musculares e articulares;
  • Náusea e vômito;
  • E manchas vermelhas no corpo.

Já a dengue grave tem alguns sintomas um pouco diferentes, como:

  • Dor abdominal intensa e contínua;
  • Vômitos persistentes;
  • Acúmulo de líquidos em cavidades corporais;
  • Sangramento de mucosa;
  • E hemorragias.

As informações são do g1.

Cuidados contra a dengue

Pneus com água parada
(Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Mesmo com a chegada da vacina, é importante deixar claro que a melhor forma de se combater a dengue é impedindo a reprodução do mosquito Aedes aegypti.

Para isso, é importante que você, cidadão comum, também ajude nessa luta – e fazendo coisas simples no dia a dia.

  • Mantenha a caixa d’água da sua residência bem fechada;
  • Não deixe a água acumular em vasos de plantas ou pneus velhos;
  • Limpe bem as calhas da sua casa;
  • Esvazie sempre garrafas, potes e vasos – tudo que possa deixar água parada;
  • Não acumule sucata ou entulho;
  • E cuidado com as piscinas sem manutenção e que são pouco utilizadas.

E lembre-se, o Olhar Digital tem um vasto material sobre a dengue. Você pode acessar tudo isso por aqui.

O post Saiba por que os médicos não falam mais em dengue hemorrágica apareceu primeiro em Olhar Digital.

Fonte: https://olhardigital.com.br/2024/05/06/medicina-e-saude/saiba-por-que-os-medicos-nao-falam-mais-em-dengue-hemorragica/