
Conforme noticiado pelo Olhar Digital, na madrugada entre esta sexta-feira (13) e o sábado (14), a chuva de meteoros Geminídeas vai atingir o ápice de atividade, sendo possível observar até 60 meteoros por hora.
Também chamadas de Gemínidas, essa chuva se dá todos os anos, entre 4 e 17 de dezembro. Este ano, com a Lua quase cheia, a visualização pode ser um pouco desfavorecida, mas, ainda assim, a depender da localização e das condições climáticas, será possível ver muitos rastros luminosos no céu.
Uma chuva de meteoros diferente
Enquanto a maioria das chuvas de meteoros é gerada por detritos da passagem de cometas, no caso da Geminídeas, ela é formada por resíduos do asteroide 3200 Faetonte – uma rocha espacial que “imita” o comportamento de um cometa.
Esse asteroide mede em torno de 5,8 km de largura e, conforme se aproxima do Sol, vai se tornando mais brilhante (de forma parecida com a que fazem cometas, que são aquecidos e ficam mais ativos e brilhantes quando perdem gases e poeira com o calor). Os cientistas creditam a “atividade cometária” de Faetonte ao sódio.
Por serem mais densas que o habitual, as pequenas rochas espaciais oriundas desse asteroide entram em nossa atmosfera de maneira muito mais lenta, gerando rastros luminosos duradouros e até bolas de fogo esverdeadas.
A chuva de meteoros Geminídeas, assim como qualquer outra, é visível a olho nu. Ela pode ser observada de qualquer lugar do Brasil. Como o próprio nome sugere, seu radiante (ponto onde os meteoros aparentam convergir) é a constelação de Gêmeos.

Para saber tudo sobre esse que é considerado um dos mais belos eventos do calendário astronômico anual, e também detalhes a respeito do asteroide 3200 Faetonte, não perca o Programa Olhar Espacial desta sexta-feira (13), que vai receber o astrônomo amador Lauriston Trindade, codescobridor das primeiras chuvas de meteoros identificadas por brasileiros.
Ele é professor do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) de Fortaleza, no Ceará, e integrante da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (BRAMON), desde julho de 2015. Também é membro da Organização Internacional de Meteoros (IMO) e foi representante do Brasil e da BRAMON na Conferência Internacional de Meteoros em 2017, na Sérvia, e em 2018, na Eslovênia.
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Como assistir ao Programa Olhar Espacial
Apresentado por Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia – APA; membro da SAB – Sociedade Astronômica Brasileira; diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros – BRAMON e coordenador nacional do Asteroid Day Brasil, o programa é transmitido ao vivo, todas às sextas-feiras, às 21h (horário de Brasília), pelos canais oficiais do veículo no YouTube, Facebook, Instagram, X (antigo Twitter), LinkedIn e TikTok.
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Fonte: https://olhardigital.com.br/2024/12/13/ciencia-e-espaco/sextou-com-pico-da-chuva-de-meteoros-geminideas-saiba-tudo-no-olhar-espacial/