9 de novembro de 2025
Sofre com enxaqueca? Veja 8 fatores que podem estar por
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A enxaqueca é muito mais do que uma simples dor de cabeça. Trata-se de uma condição neurológica complexa que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, causando crises de dor intensa, náuseas, sensibilidade à luz e ao som, além de outros sintomas incapacitantes. 

Embora as causas exatas ainda não sejam totalmente compreendidas, sabe-se que diversos fatores podem contribuir para o surgimento das crises, como genéticos, hormonais, ambientais e comportamentais.

A seguir, entenda como o cérebro reage durante a enxaqueca, quais são os principais gatilhos e como reconhecer os sinais dessa condição para buscar o tratamento adequado.

Os 8 principais fatores que desencadeiam enxaquecas

(Imagem: fizkes/Shutterstock)

A enxaqueca ocorre em pessoas cujo sistema nervoso é mais sensível a estímulos externos. Quando certas células do cérebro são ativadas em excesso, elas desencadeiam uma atividade elétrica intensa, que se espalha e afeta funções como visão, coordenação e fala. Esse processo é conhecido como aura da enxaqueca, e pode preceder a dor de cabeça. 

A dor surge quando o nervo trigêmeo é estimulado e libera substâncias que inflamam os vasos sanguíneos e as meninges, provocando a dor latejante típica da enxaqueca.

Estresse e preocupações excessivas

Mulher estressada sentada com a mão na cabeça na frente do notebook
Imagem: Natee Meepian / iStock

Situações de tensão emocional, ansiedade e pressão no trabalho, estudo ou na vida pessoal podem desencadear crises de enxaqueca. O estresse provoca a liberação de substâncias químicas no cérebro, como cortisol e adrenalina, que afetam o fluxo sanguíneo e podem irritar nervos, causando dores e desconfortos. 

Técnicas de relaxamento, exercícios de respiração e pausas na rotina são eficazes para prevenir e aliviar esses sintomas relacionados ao estresse, ajudando a equilibrar a resposta do sistema nervoso e reduzir a tensão muscular e nervosa.

Ficar muito tempo sem comer

Conceito de jejum intermitente, Close-up no relógio e pessoas sentindo fome esperando o momento de comer durante a sessão de dieta de jejum intermitente/ shutterstock - Foto Colaborador P Pormezz
Conceito de jejum intermitente, Close-up no relógio e pessoas sentindo fome esperando o momento de comer durante a sessão de dieta de jejum intermitente/ shutterstock – Foto Colaborador P Pormezz

O jejum prolongado é um dos gatilhos alimentares mais conhecidos. Quando o corpo fica muito tempo sem receber nutrientes, ocorre uma queda nos níveis de açúcar no sangue, o que estimula a liberação de substâncias associadas à dor. 

Manter refeições leves a cada três ou quatro horas, evitando tanto o jejum quanto os exageros alimentares. Entretanto, o ideal é seguir uma dieta de acordo com as recomendações de um nutricionista.

Dormir mal ou em excesso

Meditação pode ajudar a contornar insônia
Imagem: Tero Vesalainen / Shutterstock

A qualidade do sono está diretamente ligada à ocorrência de enxaquecas. Dormir pouco, ter insônia, acordar frequentemente ou até dormir demais pode desregular o equilíbrio neurológico e vascular do cérebro. 

Manter horários regulares para dormir e acordar, além de evitar eletrônicos antes de deitar, é fundamental para prevenir crises.

Ciclo hormonal e TPM

As flutuações hormonais são um dos principais fatores de enxaqueca em mulheres. Durante a TPM, menstruação ou em fases de reposição hormonal, o estrogênio pode variar bruscamente, provocando crises intensas. 

Em muitos casos, o tratamento inclui acompanhamento ginecológico e ajustes hormonais para equilibrar os níveis do organismo.

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Irritação e alterações de humor

Mulher meditando
Mulher meditando: / Crédito: JLco Julia Amaral (shutterstcok/reprodução)

Oscilações emocionais, raiva reprimida, impaciência e irritabilidade são gatilhos comuns. A tensão emocional eleva o cortisol e altera o equilíbrio dos neurotransmissores ligados à dor.

Práticas como meditação, atividade física e psicoterapia ajudam a controlar esses picos emocionais.

Excesso de cafeína

cafe
Análise encontrou fragmentos semelhantes a vidro no lote de número 160229 do café (Imagem: Aliaksandr Yarmashchuk/iStock)

O café faz parte da rotina de muitos brasileiros, seja pela manhã ou no fim da tarde. Inclusive, pequenas doses de cafeína podem ajudar a aliviar a dor. Entretanto, o consumo exagerado tem o efeito oposto.

Beber muito café, refrigerantes, chás escuros ou tomar medicamentos que contenham cafeína pode causar dependência e aumentar a frequência das crises. A retirada brusca também é prejudicial, por isso a redução deve ser feita de forma gradual. Controlar a ingestão é essencial para evitar esses efeitos negativos.

Falta de exercícios físicos

Vista traseira de um idoso com cabelos grisalhos segurando uma barra curva com pesos, jovem treinador observando um esportista idoso. Idoso se exercitando na academia. Conceito de saúde pessoal
Fazer exercícios físicos é uma forma de manter as costas mais fortes na velhice/Shutterstock_ BAZA Production

A prática regular de exercícios físicos libera endorfinas, substâncias que proporcionam bem-estar e reduzem a percepção da dor. Além disso, melhora a circulação e regula neurotransmissores como serotonina e melatonina. O sedentarismo, por outro lado, aumenta a vulnerabilidade às crises de enxaqueca e a outras dores crônicas. 

Sempre mantenha exercícios físicos na sua rotina. Começar devagar e progredir a intensidade com orientação profissional é o ideal para evitar agravamento dos sintomas e obter benefícios duradouros.

Uso excessivo de analgésicos e certos alimentos

Corredor de marcado com diversos alimentos industrializados
Imagem: TY Lim/Shutterstock

O uso repetido de analgésicos pode causar o chamado “efeito rebote”, tornando a dor da enxaqueca mais intensa e frequente. Além disso, alguns alimentos podem funcionar como gatilhos, entre eles chocolates, queijos maturados, embutidos, frutas cítricas, alimentos gordurosos e produtos com glutamato monossódico (GMS). 

Esse composto está presente em molhos industrializados (como shoyu, ketchup, mostarda e molho inglês), alimentos processados (sopas enlatadas, refeições congeladas e molhos prontos para salada), salgadinhos, bolachas e carnes processadas (como bacon, linguiça e salame), além de hambúrgueres industrializados.

O ideal é observar o próprio corpo e identificar quais desses itens podem desencadear as crises.

As informações presentes neste texto têm caráter informativo e não substituem a orientação de profissionais de saúde. Consulte um médico ou especialista para avaliar o seu caso.

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Fonte: https://olhardigital.com.br/2025/11/09/medicina-e-saude/sofre-com-enxaqueca-veja-8-fatores-que-podem-estar-por-tras-das-crises/