A Starlink pediu à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) permissão para acrescentar 7,5 mil satélites à constelação de 4,4 mil que cobre o Brasil. Se a autarquia deixar, a operadora de internet da SpaceX vai quase triplicar sua capacidade no país.
Agora, a Anatel promove uma consulta pública, que vai até 31 de julho. Nela, a autarquia se abre para sugestões e críticas por parte da sociedade civil sobre a expansão da empresa fundada por Elon Musk no país. A consulta também aceita apontamentos de concorrentes e especialistas.
(A consulta é a de número 38, disponível no site da Anatel. Você pode acessar documentos anexados e contribuir, desde que logue com a sua conta Gov.br.)
Starlink quer expandir constelação de satélites e seu poder no Brasil
Os satélites da Starlink que funcionam no Brasil operam nas bandas Ka e Ku. Os novos operariam nas bandas Ka, Ku e E, com os seguintes intervalos de frequência:
- 10,7 GHz a 12,7 GHz (descida);
- 14 GHz a 14,5 GHz (subida);
- 27,5 GHz a 28,6 GHz (descida);
- 28,8 GHz a 30 GHz (subida);
- 71 GHz a 76 GHz (descida);
- 81 GHz a 86 GHz (subida).
Bandas
As bandas, no contexto da comunicação via satélite, são como faixas de rodovia: cada uma com sua capacidade de tráfego e características próprias. Imagine que a informação enviada pela internet da Starlink viaje por uma dessas “rodovias espaciais”.
Cada banda possui características distintas. As bandas Ka e E, por exemplo, oferecem maior capacidade de dados, mas com custos mais elevados e menor cobertura. Já a banda Ku oferece boa cobertura e confiabilidade, mas peca na capacidade de transmissão de dados.
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Intervalos de frequência
Dentro de cada banda, existem intervalos específicos de frequência – seguindo a analogia das rodovias, são como faixas de mão única. E a nomenclatura “descida” e “subida” é no sentido literal mesmo. É assim:
- Faixa de descida: Frequência utilizada pelo satélite para enviar dados para a antena do usuário na Terra;
- Faixa de subida: Frequência utilizada pela antena do usuário para enviar dados para o satélite.
Em suma, os intervalos de frequência garantem a organização da comunicação entre os satélites e os usuários.
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