
O preço do iPhone pode subir até 43% nos Estados Unidos devido às novas tarifas anunciadas nesta semana pelo presidente do país, Donald Trump. A estimativa é dos analistas da empresa Rosenblatt Securities à agência Reuters.
Atualmente, a Apple fabrica 90% dos iPhones na China. E o país enfrenta uma nova taxa de importação de 34%. Com isso, a empresa enfrenta um dilema: repassar o aumento dos custos aos consumidores ou absorver a despesa extra.
De US$ 599 a US$ 2,3 mil: os possíveis novos preços de modelos da linha iPhone 16
Segundo cálculos baseados na cotação do dólar desta sexta-feira (04), os preços de modelos da linha iPhone 16, por exemplo, poderiam ficar assim:
- iPhone 16e: de US$ 599 (R$ 3.366,62) para US$ 856 (R$ 4.811,06);
- iPhone 16: de US$ 799 (R$ 4.490,70) para US$ 1.142 (R$ 6.418,50);
- iPhone 16 Pro Max: de US$ 1.599 (R$ 8.987,02) para US$ 2,3 mil (R$ 12.926,92).
Além da China, a Apple transferiu parte de sua produção para o Vietnã e a Índia. No entanto, esses países também enfrentam tarifas de importação altas – 46% e 26%, respectivamente (o Olhar Digital explica isso nesta matéria).
Para compensar integralmente essas taxas, a Apple precisaria aumentar seus preços em média 30%, afirma Neil Shah, da Counterpoint Research, à agência de notícias.
No entanto, Angelo Zino, analista da CFRA Research, acredita que a empresa dificilmente conseguirá repassar mais do que 10% desses custos para os consumidores.
“Esperamos que a Apple adie qualquer aumento significativo nos preços dos celulares até o outono [no hemisfério norte], quando o iPhone 17 será lançado”, disse Zino à Reuters. “É assim que ela costuma lidar com aumentos de preços planejados.”
- Para quem não sabe: outono no hemisfério norte se estende até o fim de dezembro.
Impacto do tarifaço na demanda por iPhones

Caso os preços de iPhones aumente significativamente, a demanda pelos aparelhos pode cair. Isso beneficiaria a Samsung, por exemplo. Isso porque a fabricante sul-coreana é menos afetada por tarifas. A companhia produz principalmente na Coreia do Sul, onde a nova tarifa é de 25%.
Durante seu primeiro mandato, Trump impôs tarifas semelhantes para pressionar empresas estadunidenses a trazerem a produção de volta ao país ou países próximos, como o México.
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Na época, a Apple conseguiu isenções para alguns produtos. Agora, nenhuma isenção foi concedida. Pelo menos, por enquanto. Quando o assunto é a gestão Trump, tudo pode mudar a qualquer momento.
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Fonte: https://olhardigital.com.br/2025/04/04/pro/tarifaco-iphone-nos-eua-pode-ficar-com-preco-de-brasil/