Uma equipe de historiadores, geólogos, físicos e arqueólogos da Espanha desenvolveu uma nova teoria para explicar como uma antiga cultura neolítica construiu o Dólmen de Menga, um monumento megalítico cujas pedras podem pesar até 150 toneladas – quase o dobro do peso médio de um avião comercial.
Publicado na revista Science Advances, o estudo oferece uma visão detalhada sobre as técnicas utilizadas na construção do dólmen. Situado na encosta de uma pequena colina no sul da Espanha, o monumento é datado de aproximadamente seis mil anos atrás.
O Dólmen de Menga é composto por grandes pedras formando paredes e um teto sustentado por pilares, com dimensões superiores às de Stonehenge. A estrutura exige habilidades avançadas de engenharia, não apenas para mover pedras tão grandes, mas também para posicioná-las de maneira a garantir sua estabilidade ao longo dos milênios.
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Nova explicação é a mais plausível para construção do monumento neolítico
Diversas teorias já foram propostas para explicar a construção dessa imponente estrutura, mas essa nova pesquisa apresenta a explicação mais abrangente até agora. Segundo os autores, as pedras foram extraídas em uma pedreira localizada a cerca de um quilômetro do dólmen e transportadas até o local utilizando trenós sobre trilhas de madeira.
Após a escavação de uma parte da colina, as pedras foram arrastadas para o local de construção e posicionadas para formar as paredes. Cada pedra foi fixada com precisão no leito rochoso usando contrapesos e rampas.
Ainda de acordo com a pesquisa, para erguer o monumento, as pedras foram inclinadas ligeiramente para dentro com o auxílio de alavancas, criando uma estrutura trapezoidal. Os pilares foram instalados de maneira semelhante e, por fim, grandes pedras foram colocadas no topo para formar o telhado. A construção exigiu precisão meticulosa em cada etapa para garantir o ajuste perfeito entre os componentes.
No artigo, os cientistas destacam que a interligação das pedras foi fundamental para a durabilidade da estrutura. Essa técnica não apenas assegurou que o dólmen se mantivesse firme, como também permitiu que ele resistisse ao desgaste do tempo e aos desafios ambientais ao longo dos séculos.
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