
Você já imaginou robôs que crescem, se consertam e mudam de forma sozinhos? Esses são os robôs Truss Link: basicamente, são módulos em forma de barra com ímãs em cada extremidade. Eles se transformam ao absorver partes de outros robôs semelhantes.
O trabalho foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Columbia e resultou em um artigo publicado na revista Science Advances.
Os módulos podem se expandir e contrair, rolar e se conectar entre si por meio dos ímãs. Esses robôs são capazes de transformar sua estrutura, mudando-a de bidimensional para tridimensional. Ele também pode substituir uma bateria descarregada por uma nova.
No vídeo, é possível observar que, em determinado momento, o conjunto de robôs pega outro módulo, que usa como uma espécie de bengala. Isso, segundo os pesquisadores, permitiu aumentar sua velocidade de descida em mais de 66%. A ideia é fazer com que os robôs se aproximem de corpos biológicos, ou seja, corpos capazes de crescer, se curar e se adaptar.
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Como o robô muda sua forma?
- Um Truss Link contraído mede 28 cm de comprimento e pesa 280 g.
- Quando totalmente expandido, um Truss Link pode aumentar seu comprimento em mais de 53%, chegando a 43 cm.
- O interior do conector é magnético e pode ficar ativo, com o ímã exposto na ponta, ou totalmente inativo, com o ímã retraído.
- O ímã esférico é feito de neodímio e é mantido no lugar por um suporte magnético. Esse suporte permite que o ímã gire livremente até encontrar uma posição de equilíbrio ao se aproximar de outro ímã.
- Esse mecanismo garante uma conexão forte entre vários módulos, mesmo em uma ampla e contínua variedade de ângulos.
Por que essa capacidade é importante para um robô?
Hod Lipson, coautor do estudo, explica que, conforme os robôs se tornam cada vez mais presentes no nosso dia a dia, é essencial que eles possam se adaptar e se restaurar sozinhos.
Não podemos depender dos humanos para manter essas máquinas. Os robôs precisam, no fim das contas, aprender a cuidar de si mesmos.
Hod Lipson
“Autonomia verdadeira significa que os robôs não devem apenas pensar por si mesmos, mas também se sustentar fisicamente. Assim como a vida biológica absorve e integra recursos, esses robôs crescem, se adaptam e se reparam usando materiais do ambiente ou de outros robôs.”
Martin Wyder, autor principal do estudo.

Além de criar os robôs, os pesquisadores também desenvolveram suas próprias leis do metabolismo robótico:
“Primeiro”, escrevem, “o metabolismo robótico não pode depender de suporte físico ativo de nenhum sistema externo para realizar seu crescimento; o robô deve crescer usando apenas suas próprias habilidades. A única assistência externa permitida é aquela que vem de outros robôs feitos dos mesmos componentes. Segundo, a única provisão externa ao metabolismo robótico é energia e material na forma de robôs ou partes de robôs. Nenhum novo tipo de componente externo pode ser fornecido.”
A equipe afirma que esses robôs modulares e mutáveis podem, um dia, ser úteis em operações de resgate em desastres ou em missões de exploração espacial. E também desempenhar tarefas simples e repetitivas de intralogística e manufatura.
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Fonte: https://olhardigital.com.br/2025/07/22/ciencia-e-espaco/truss-link-o-robo-que-cresce-se-transforma-e-se-repara-sozinho/