Um dos efeitos mais devastadores da maior tragédia climática da história do Rio Grande do Sul é na habitação. Um número ainda não calculado de moradias foi totalmente destruído pelas fortes chuvas, enchentes e deslizamentos de terra. São dezenas de milhares de pessoas que ficaram sem suas casas de uma hora para outra e que precisam de um teto.
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Casas podem ser montadas em até 5 horas
Para abrigar a população mais atingida, a Organização das Nações Unidas (ONU) vai enviar ao Rio Grande do Sul casas montáveis. Estas estruturas costumam ser usadas por refugiados em diversas partes do mundo.
Oito das 208 casas previstas já chegaram ao estado, de acordo com o vice-governador gaúcho, Gabriel Souza. Elas foram transportadas por aviões que saíram de Boa Vista, em Roraima, e pousaram no aeroporto de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
Outras 100 estão na Colômbia e devem sair do país em direção ao Rio Grande do Sul nesta sexta-feira (24). Segundo a Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), a chegada ao território gaúcho está prevista para segunda-feira (27). Já as últimas 100 casas montáveis estão no Panamá e devem chegar até o final de semana que vem.
Um especialista na montagem das estruturas também será enviado ao RS. Ele irá treinar as equipes da Secretaria de Obras do estado. Até que o local de instalação das estruturas seja definido, elas vão ficar armazenadas em um depósito do Banrisul, o banco do estado do Rio Grande do Sul.
As casas montáveis têm 17,5 m² (2,83 metros de altura, 5,68 de comprimento e 3,32 de largura) e pesam 140 kg. Elas contam com porta, quatro janelas, outros quatro espaços de ventilação e sistema simples de iluminação.
As paredes são feitas de espuma poliolefina, um material isolante rígido à prova d’água e com propriedades que protegem do sol e do calor. A estrutura ainda pode suportar ventos de até 101 km/h e chuva leve.
As paredes e o teto se encaixam, sendo sustentadas por uma estrutura em aço que é fixada ao chão por ganchos que funcionam como âncoras. O tempo de montagem previsto é de 4 até 5 horas. A durabilidade das casas é de até cinco anos.
Tragédia climática no Rio Grande do Sul
- De acordo com o mais recente balanço da Defesa Civil, subiu para 163 o número de mortes confirmadas pelas fortes chuvas e enchentes que atingem o estado gaúcho.
- São 72 pessoas desaparecidas, mais de 581 mil desalojadas e aproximadamente 65 mil em abrigos.
- A tragédia climática causou impactos severos em 468 dos 497 municípios gaúchos, afetando diretamente mais de dois milhões de pessoas.
- O lago Guaíba atingiu o maior nível da história, passando dos 5 metros e 30 centímetros.
- Um dos pontos mais críticos em Porto Alegre é o Aeroporto Internacional Salgado Filho, que anunciou a suspensão de todas as operações até o final de agosto.
- Na região Sul, a Lagoa dos Patos também inundou alguns municípios, caso de Rio Grande.
- Em 2023, uma série de desastres climáticos causou uma verdadeira devastação no Rio Grande do Sul.
- Foram registradas 16 mortes em junho, 54 em setembro e outras 5 em novembro.
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