A história de Marte desperta um enorme interesse na comunidade científica. Hoje, um dos maiores mistérios sobre o planeta é em relação a quando ele pode ter reunido condições adequadas para suportar a vida.
Segundo um novo estudo, o solo marciano teria sido habitável em um período muito mais recente do que o imaginado pela comunidade científica. O trabalho propõe que isso seria possível graças ao campo magnético do planeta, hoje praticamente inexistente.
Campo magnético de Marte seria mais antigo do que se imaginava
- A pesquisa aponta que o campo magnético de Marte pode ter sobrevivido até aproximadamente 3,9 bilhões de anos atrás.
- As estimativas anteriores indicam que isso teria acontecido há até 4,1 bilhões de anos.
- Essa nova evidência, aliada ao entendimento de que o planeta já abrigou grandes quantidades de água líquida, reforça a possibilidade que tenha existido vida por lá.
- Isso porque, segundo os cientistas, a perda do campo magnético deixou a atmosfera desprotegida, fazendo com que a água tenha desaparecido da superfície em função da interação com o Sol.
- As descobertas foram descritas em estudo publicado na revista Nature Communications.
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Análise das crateras da superfície marciana
No novo estudo, os pesquisadores usaram simulações e modelos computacionais para estimar a idade do campo magnético gravitacional de Marte. Foram usados dados dos ciclos de resfriamento e magnetização das grandes crateras na superfície marciana.
A conclusão dos cientistas foi que as crateras teriam sido formadas após o campo magnético deixar de existir. Eles acreditam que estas marcas teria sido resultado da interação com as rochas quentes do planeta vermelho.
Na verdade, os pesquisadores argumentam que estas crateras foram formadas quando ocorria a inversão dos polos magnéticos o que explicaria o porquê de terem sinais magnéticos tão fracos atualmente. De qualquer forma, este é apenas mais um pedaço do quebra-cabeça sobre a existência da vida em Marte.
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Fonte: https://olhardigital.com.br/2024/10/30/ciencia-e-espaco/vida-em-marte-pode-ter-surgido-antes-do-que-se-pensava/