Se as chuvas forem suficientes para recompor o sistema elétrico, o horário de verão pode não voltar em 2024. É o que disse o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, na terça-feira (08). “Se [a volta do horário de verão] não for imprescindível, vamos esperar o período chuvoso”, disse o ministro em entrevista a jornalistas.
Conforme reportado pelo G1, Silveira acrescentou o seguinte: “Isso que estou fazendo é serenidade, equilíbrio, diálogo, para que a gente só faça [o retorno ao horário de verão] na imprescindibilidade.”
Governo deve decidir em breve se o horário de verão vai voltar ou não
O ministro defendeu que é preciso analisar as perspectivas para o período chuvoso, previsto para começar no final de 2024, antes de determinar (ou não) a volta do horário de verão. Ainda segundo Silveira, o governo deve tomar uma decisão sobre este assunto até a próxima semana.
Quando o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) recomendou o retorno do horário de verão, o prazo indicado pelo ministro era de dez dias. E esse prazo venceu há dez dias, diga-se.
“Estou levando ao limite as discussões para ver se [o horário de verão] precisa mesmo ser esse ano ou se nós podemos esperar o período chuvoso e ver os volumes de chuvas que vamos ter”, disse Silveira. “Se forem altos (…), se formos abençoados com chuvas aí a gente até evita a necessidade da decretação do horário de verão.”
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Horário de verão
O horário de verão é uma prática comum em muitos países, onde os relógios são adiantados em uma hora durante determinados períodos do ano. Objetivo da mudança é aproveitar melhor a luz do sol durante os meses mais quentes, quando os dias são mais longos.
Historicamente, a principal razão para a adoção do horário de verão era a economia de energia elétrica. Ao adiantar os relógios, as pessoas tendem a realizar mais atividades ao ar livre, aproveitando a luz do sol natural. Isso reduz o consumo de energia elétrica durante as horas de pico.
No Brasil, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) assinou, em abril de 2019, um decreto que suspendeu o horário de verão no país. A decisão gerou bastante debate na época.
- Um lado: havia quem defendesse a medida por causa dos impactos na saúde e no bem-estar das pessoas, enquanto outros argumentavam que a economia de energia, mesmo que pequena, ainda era relevante;
- Outro lado: estudos apontam que a economia de energia proporcionada pelo horário de verão é menor do que se imaginava inicialmente. E que outros fatores podem influenciar mais o consumo de energia.
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