23 de novembro de 2024
Zara quer fazer lives megaproduzidas nas redes para vender como
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Não que seja uma novidade, mas quem passou dos 30 anos deve se lembrar que a TV aberta antigamente tinha canais de venda direta que funcionavam quase 24 horas por dia. E isso ia muito além da Polishop, ou da TekPix, que o diga os famosos tapetes persas.

Hoje, esse formato caiu quase em desuso no Brasil. Mas ele está em alta na China. A grande diferença é a plataforma de promoção. Sai a TV e entram as redes sociais.

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O Douyin, irmão gêmeo do TikTok, transmite semanalmente programas de compras ao vivo de cinco horas no país asiático. Uma das marcas que promovem o show é a espanhola Zara. A experiência começou em novembro do ano passado e teve um resultado extremamente positivo.

As empresas do setor projetam um crescimento menor nas vendas nos próximos anos. Houve uma queda brusca na pandemia, depois uma alta extraordinária na reabertura das lojas e, agora, essa previsão de desaquecimento. A ideia dessas “shopping lives” ou “live shoppings” é uma forma justamente de tentar manter o mercado aquecido.

Como deu certo na China, a Zara promete agora levar o mesmo formato para os Estados Unidos, o Reino Unido e alguns países da Europa. A expectativa é que o projeto comece entre agosto e outubro.

Como são as lives chinesas que a Zara quer no ocidente?

  • São mega produções.
  • A Zara transmite a partir de um galpão gigantesco de quase 1.000 metros quadrados em Xangai.
  • Numa das partes, a marca promove uma espécie de desfile de moda, com modelos chinesas usando vestidos da Zara, experimentando sapatos e joias.
  • A pessoa gostou do que viu? Já acessa na hora a loja online da empresa e faz a compra.
  • A live também conta dicas de maquiagem e um repórter mostrando os bastidores de tudo.
  • Ao todo, são necessárias 7 câmeras e 70 pessoas para colocar o programa no ar.
  • E a audiência responde bem: as lives da Zara têm aproximadamente 800 mil espectadores únicos por programa.
  • O resultado também é excelente financeiramente: a marca espanhola registrou uma alta de 50% nas vendas nos três primeiros meses deste ano na comparação com o mesmo período de 2023.
  • E olha que esse aumento ocorre mesmo com uma diminuição do número de lojas físicas da empresa na China: eram 570 em 2019 e agora são apenas 192.

O público ocidental vai abraçar a ideia?

Só testando para descobrir. O TikTok, que é uma plataforma controlada pela chinesa ByteDance, já tenta emplacar essa ideia da venda direta nos EUA. A Zara, porém, não deve recorrer a terceiros.

A ideia da marca é promover lives em seu próprio site e aplicativo. E com transmissões mais curtas, de 45 minutos a uma hora no máximo.

A princípio, a empresa vai apresentar apenas roupas femininas, mas nada impede que esse catálogo se diversifique com o passar do tempo – e se a experiência der certo.

Influencers chinesas durante uma das lives da Zara no país – Imagem: Reprodução/Weibo

Além disso, a Zara pretende contratar duas personalidades da moda para serem apresentadoras do programa – mas não disseram quem são as escolhidas.

Lembrando que a novidade deve ser lançada apenas nos EUA, Reino Unido e na União Europeia. Sem lives de compras para os brasileiros. Por enquanto.

As informações são da Reuters.

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Fonte: https://olhardigital.com.br/2024/06/06/internet-e-redes-sociais/zara-quer-fazer-lives-megaproduzidas-nas-redes-para-vender-como-polishop/