12 de agosto de 2025
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Fotos: Paulo Barros

O espaço é um mergulho na história de Teresina, que nasceu ao lado da igreja de Nossa Senhora do Amparo

O Mercado Central de Teresina guarda acervo histórico pouco conhecido. Um espaço de memória que exibe peças originais da construção do mercado, inaugurado em 1854. Entre elas, estão objetos e elementos arquitetônicos da primeira edificação. Um patrimônio que ajuda a contar como esse lugar se tornou um dos marcos da cidade e um importante centro comercial desde a fundação da capital, que completa 173 anos no dia 16 de agosto.

O espaço é um mergulho na história da Teresina planejada, que nasceu ao lado da igreja de Nossa Senhora do Amparo. Juntos, mercado e igreja foram os primeiros edifícios da nova capital, pensada para crescer às margens do rio Parnaíba e impulsionar o comércio local.

Foto: Paulo BarrosFoto: Paulo Barros

A série especial Orgulho de ser teresinense, da TV Antares, começa com uma parada no centro para mostrar como a região guarda memórias vivas de quem constrói e vive a cidade todos os dias. As reportagens começaram a ser exibidas hoje e podem ser assistidas no canal da TV no Youtube. Histórias como a de Seu Francisco, o Chicão, que há mais de 50 anos dedica a vida ao Mercado Central. “Eu brinquei muito aqui e era bom demais. A Ceasa era na parte de cima e a gente comia muita banana, muita laranja que o pessoal dava pra gente de graça. Era bom”, conta.

No vai e vem diário, o centro continua sendo ponto de encontro e porta de entrada para quem quer conhecer a alma da cidade. “Quando você vai numa cidade, você sempre quer conhecer o mercado central, o artesanato. Eu fico muito feliz por estar aqui mostrando isso pro pessoal de fora, pro pessoal do nosso Piauí, do nosso estado e região. Eu sou muito grata a Deus por ser teresinense. Teresina é um pedacinho de mim e um pedacinho de todos nós”, destaca a artesã Marinalva Alves.

E esse “nós” inclui também quem chegou de outros cantos e encontrou na capital um lugar para viver e construir sua história. É o caso de Antenor Gomes, que veio de Jerumenha, e de Antonio Luis Brito, que trocou Bocaina pela capital há 35 anos.

Foto: Paulo BarrosFoto: Paulo Barros
“O que tenho, agradeço ao mercado e tenho muito orgulho de trabalhar aqui”, diz Antenor. “Cheguei aqui em 1990 com a família e ainda hoje estamos na mesma casa. Meus filhos não querem nem saber de sair de Teresina. E eu também não. Aqui temos amigos. É muito bom!”, afirma Antonio.Com suas histórias e tradições, o Mercado Velho ou Mercado São José, como é oficialmente chamado, é um forte símbolo da identidade teresinense, um lugar onde o passado e o presente se encontram todos os dias.