Foto: ASCOM/FMS –
Em clima de Natal, usuários dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) confeccionaram peças artesanais para comercialização em feiras de Teresina. A ação é coordenada pelo Grupo de Trabalho e Renda (GTR), da Gerência de Saúde Mental da Fundação Municipal de Saúde (FMS), formado por profissionais dos CAPS que promovem a inserção dessas pessoas no mercado de trabalho, tanto formal quanto informal. Atualmente, cerca de 64 usuários dos CAPS já atuam em empregos formais.
A iniciativa é uma das principais estratégias de reabilitação psicossocial: promover a inclusão social por meio do trabalho e da geração de renda de pessoas atendidas nos serviços de saúde mental. Criado em 2018 pela Gerência de Saúde Mental da FMS, o GTR identifica usuários com perfil para o trabalho, estimulando o desenvolvimento de habilidades e talentos que os tornam aptos a assumir postos formais ou a comercializar os artigos que produzem.
Entre os beneficiados está Silvana Sousa, acompanhada pelo CAPS Norte. Ela encontrou no crochê sua forma de expressão e celebrou a nova fase profissional, vendendo peças confeccionadas por ela. “Esse trabalho é muito importante, porque serve como terapia ocupacional e, ao mesmo tempo, gera renda para os usuários dos CAPS. Além disso, quando a gente participa de eventos expondo os produtos, melhora a socialização dos pacientes”.
Segundo Luanna Bueno, gerente de saúde mental da FMS, o GTR é essencial para ampliar a inclusão. “Atuamos em três frentes: inserção no mercado formal, no informal e apoio ao comércio independente. No trabalho formal, os CAPS avaliam e emitem laudos de aptidão, garantindo acompanhamento contínuo. Em seguida, buscamos parcerias com empresas locais, utilizando a Lei de Cotas para viabilizar contratações de pessoas com deficiência psicossocial.”
Para Anna Klícia, assistente social integrante do GTR, a estratégia reafirma a importância de quebrar tabus e ampliar a geração de renda. “É preciso oportunizar aos usuários, que possuem o perfil adequado, o ingresso no mundo do trabalho de forma que isso represente uma mudança positiva em suas vidas. Queremos avançar nessa proposta de reabilitação psicossocial em 2026, fortalecendo a parceria com empresas, instituições apoiadoras e profissionais de saúde dos CAPS.”
