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Documentos internos revelados no processo antitruste contra a Meta mostram que seus principais executivos, incluindo Mark Zuckerberg e Adam Mosseri, reconheceram que o TikTok estava superando o Facebook e o Instagram em engajamento e relevância.

Em conversas datadas de fevereiro de 2022, Zuckerberg afirmou que o Facebook havia “perdido a atenção e o impulso”, enquanto o TikTok oferecia aos usuários uma experiência de “contexto compartilhado”, em que amigos viam e comentavam os mesmos conteúdos sem precisarem compartilhá-los diretamente.

TikTok gerou preocupação

Mosseri reforçou a avaliação ao afirmar que o Facebook havia deixado de ser o principal mecanismo de descoberta de conteúdo, papel que começava a ser ocupado pelo TikTok, que já superava o YouTube em tempo médio de exibição nos EUA.

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Para ele, o TikTok não só dominava o formato de vídeo curto, como também vinha consumindo espaço da TV tradicional, de vídeos longos e até da Netflix.

Documentos mostram que até Zuckerberg reconheceu que o Facebook perdeu força e relevância – Imagem: Koshiro K/Shutterstock

Outras lideranças na Meta tinham a mesma opinião

Outros executivos da Meta também expressaram preocupação.
O então chefe do WhatsApp, Will Cathcart, destacou a capacidade do TikTok de guiar grupos de usuários a nichos de conteúdo por meio do algoritmo.
Já Stan Chudnovsky alertou que o ecossistema digital havia se tornado fragmentado, com muitos aplicativos concorrendo pela atenção dos usuários.
A simples adição de novos formatos, como os Reels, já não bastava.

Essas revelações enfraquecem a tese da Meta no processo que a acusa de monopolizar o mercado, ao mostrarem que seus próprios líderes reconheciam o crescimento da concorrência e a perda de domínio do Facebook, apontando o TikTok como uma ameaça real à liderança da empresa.