20 de setembro de 2024
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Plenário das Nações Unidas – Foto: Reprodução

O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas adotou, nesta sexta-feira (5), uma resolução na qual apela para que Israel seja responsabilizado por possíveis crimes de guerra e crimes contra a humanidade na Faixa de Gaza, embora Israel a tenha rejeitado como um “texto distorcido”.
Vinte e oito países votaram a favor, 13 se abstiveram e seis opuseram-se à resolução, incluindo os Estados Unidos e a Alemanha. A adoção fez com que vários representantes do Conselho aplaudissem a decisão.A resolução sublinhou “a necessidade de garantir a responsabilização por todas as violações do direito internacional humanitário e do direito internacional dos direitos humanos, a fim de acabar com a impunidade”.Além disso, expressou “grave preocupação com relatos de graves violações dos direitos humanos e graves violações do direito humanitário internacional, incluindo possíveis crimes de guerra e crimes contra a humanidade no Território Palestiniano Ocupado”.

Meirav Eilon Shahar, representante permanente de Israel nas Nações Unidas em Genebra, acusou o Conselho de ter “abandonado há muito tempo o povo israelense e defendido por muito tempo o Hamas”.

Sob críticas, Israel aprova controversa lei "Estado-nação" | ExameBandeira de Israel –  Foto: Reprodução

“De acordo com a resolução que hoje vos é apresentada, Israel não tem o direito de proteger o seu povo, enquanto o Hamas tem todo o direito de assassinar e torturar israelitas inocentes”, disse ela antes da votação. “Um voto ‘Sim’ é um voto no Hamas.”

Vale destacar que os EUA se comprometeram a votar contra a resolução porque não continha uma condenação específica do Hamas pelos ataques de 7 de Outubro, nem “qualquer referência à natureza terrorista dessas ações”. No entanto, afirmou que o seu aliado Israel não tinha feito o suficiente para mitigar os danos aos civis.

“Os Estados Unidos solicitou a Israel a resolver os conflitos das operações militares contra o Hamas com operações humanitárias, a fim de evitar vítimas civis e garantir que os intervenientes humanitários possam cumprir a sua missão essencial em segurança”, disse Michèle Taylor, representante permanente dos EUA junto da ONU.