Grupo de pesquisa da UFMA promove relançamento do livro “Agontimé e sua lenda”, de Judith Gleason

O Grupo de Pesquisa e Estudos em Estratégias e Tecnologias Organizacionais (GEPEETO), vinculado ao curso de Administração da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), promove nesta sexta-feira, 9, às 19h, na Casa das Minas, o relançamento do livro “Agontimé, sua lenda”, da escritora norte-americana Judith Gleason. A atividade integra as ações de extensão do grupo e reafirma o compromisso da Universidade com o diálogo entre saberes acadêmicos e culturas tradicionais.

O romance narra a trajetória de Nã Agontimé, uma rainha africana que, após ser escravizada e trazida ao Brasil, tronou-se figura central na fundação da Casa das Minas, um dos mais antigos terreiros de culto afro-brasileiro do país. A obra mistura romance histórico, espiritualidade e elementos de fantasia, e inclui mapas históricos, glossário, um ensaio do antropólogo Sérgio Ferreti e um novo posfácio da autora, escrito 25 anos após a publicação original. A nova edição conta ainda com arte de capa assinada pela artista maranhense Gê Viana, reconhecida por seu trabalho voltado à memória e à identidade afro-brasileira.

Segundo o professor Walber Lins Pontes, coordenador do GEPEETO, a proposta do grupo está relacionada ao desenvolvimento local e regional, com foco nas tecnologias organizacionais e no fortalecimento de parcerias. “O grupo trabalha com o desenvolvimento local, regional e com as tecnologias organizacionais para que esse desenvolvimento possa acontecer na esfera dos setores público, privado e terceiro setor”, afirmou.
Para ele, reconhecer os elementos culturais e as comunidades tradicionais é essencial nesse processo. “A gente entende a importância do reconhecimento dos elementos culturais e das características das comunidades originárias — dentro deles os aspectos da cultura afro-brasileira, que traz essa vertente com o livro que será relançado”, completou.

O coordenador do GEPEETO também destacou a importância da aproximação entre a Universidade e os grupos culturais. “O grupo sempre trabalha fomentando os processos de formação interdisciplinar e transdisciplinar, permeando os elementos base da Universidade que são o ensino, a pesquisa e a extensão, nos aproximando desses elementos culturais das comunidades”, declarou.
O evento é aberto ao público e marca a valorização da memória e da resistência afro-brasileira, reafirmando o papel da Universidade na promoção da diversidade cultural