16 de setembro de 2024
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O ministro Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) saiu em defesa do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) após a Folha de S. Paulo revelar que o gabinete de Moraes teria dado ordens para a produção de relatórios pela Justiça Eleitoral, usados para embasar decisões contra aliados de Jair Bolsonaro. Teixeira foi o primeiro ministro do governo Lula (PT) a comentar a matéria, classificando-a como “sensacionalista” e afirmando que ela não corresponde à verdade.

Segundo Teixeira, a reportagem teria o intuito de desacreditar o STF, especialmente em um momento crucial de julgamento envolvendo a inelegibilidade de Bolsonaro. Ele afirmou que a matéria apenas reforça movimentos que tentam minar a credibilidade da Suprema Corte.

Mensagens reveladas pela reportagem mostram que o setor de combate à desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), presidido por Moraes na época, foi utilizado como um braço investigativo do gabinete do ministro no STF, o que gerou um fluxo de informações fora dos procedimentos usuais entre os dois tribunais.

Em resposta, o próprio ministro Alexandre de Moraes declarou, por meio de nota, que todas as suas ações foram “oficiais e regulares”, devidamente documentadas nos inquéritos em curso no STF, e que contaram com a participação da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Moraes ressaltou que o TSE, no exercício do seu poder de polícia, tem competência para realizar relatórios sobre atividades ilícitas, como desinformação e discursos de ódio, que atentam contra a democracia e as instituições.

Além de Teixeira, o ex-secretário nacional de Justiça, Augusto Botelho, também defendeu Moraes, diferenciando a comunicação entre tribunais da troca de informações entre partes em litígio, destacando que o contexto é distinto e plenamente justificável.

Com informações da Folha de S. Paulo.  

Fonte: https://agendadopoder.com.br/ministro-paulo-teixeira-diz-que-reportagem-sobre-moraes-e-sensacionalista-especialmente-perto-de-acao-de-inelegibilidade-de-bolsonaro/