9 de dezembro de 2024
Temer compara atos golpistas a protestos contra reforma da Previdência
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O ex-presidente Michel Temer (MDB) comparou os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 com as manifestações contra a reforma da Previdência de sua gestão, ocorridas em 2017. Em evento da Confederação Nacional do Comércio (CNC) em São Paulo, nesta segunda-feira (25), Temer mencionou a “radicalização” da política no Brasil e ressaltou semelhanças entre os dois episódios.

Teme relembrou que, durante sua administração, as centrais sindicais organizaram protestos contra a reforma, com 1.600 ônibus levando manifestantes que incendiaram ministérios, tentaram invadir o Congresso e destruíram carros. “Invadiram prédios agora em 8 de janeiro. Mas vocês se lembram que no meu governo, quando nós cuidávamos da reforma da Previdência, as centrais sindicais mandaram 1.600 ônibus lá, que incendiaram ministérios, tentaram invadir o Congresso, viraram carros, queimaram carros”, disse o ex-presidente.

Temer também relembrou que, à época, sugeriu uma ação das Forças Armadas para conter os atos, mas destacou que a situação foi resolvida rapidamente, com a pacificação ocorrendo em poucas horas. “Seis horas [da tarde] terminou tudo. Houve noticiário à noite e no dia seguinte de manhã. Mas, quando deu meio-dia, a imprensa me entrevistou, e eu disse: se o episódio é de ontem, ontem é passado. Eu não falo do passado, vou falar do futuro”, afirmou, ressaltando a importância de focar na pacificação, em vez de alimentar o conflito.

“No Brasil, há clima de confronto após as eleições”, diz Temer

Sobre a atual polarização política, Temer criticou a falta de uma cultura de soluções pacíficas e observou que, no Brasil, há um clima de confronto após as eleições. “Aqui é o seguinte, se eu perder a eleição, o meu dever é destruir aqueles que ganharam. Isso prejudica a governabilidade e prejudica, portanto, o povo”, afirmou.

Questionado sobre o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e os planos de atentados contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes, Temer minimizou os riscos de um golpe:

“Embora haja tentativas, o fato é que não vão adiante. Não vão adiante porque não há clima no país. E, convenhamos, golpe para valer, você só tem quando as Forças Armadas estão dispostas a fazer”, declarou.

O ex-presidente também afirmou que a participação de militares no plano golpista foi limitada a “alguns militares”, e não a uma ação institucional. “Seja Exército, Marinha, Aeronáutica, não participaram disso como instituição. Participaram figuras”, concluiu.

Com informações de Brasil 247

Fonte: https://agendadopoder.com.br/temer-compara-atos-golpistas-a-protestos-contra-reforma-da-previdencia/